Escola do Nova Brasília se mobiliza por projeto de quadra esportiva

Sem espaço adequado, esportes e recreação são feitos no refeitório

Escola do Nova Brasília se mobiliza por projeto de quadra esportiva

Sem espaço adequado, esportes e recreação são feitos no refeitório

Professores e gestores da Escola Nova Brasília, no bairro de mesmo nome, acompanham de perto a tramitação de uma proposta de construção de uma quadra esportiva no terreno da escola. A demanda é reivindicada desde 2009 e um projeto contemplando a área está no Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) desde junho de 2017.

A estrutura é indicada pela coordenadora Fabrine Verdi como uma das principais demandas da escola. Integrante do Conselho Escolar, afirma que a falta do espaço também limita o desenvolvimento de atividades internas e de integração com a comunidade.

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Para os próprios eventos realizados na escola, indica ser preciso investir recursos no aluguel de toldos para ampliar a área útil, além de contar com a boa vontade de locais cedidos ou a sorte. Só para o aluguel da cobertura durante a festa junina foram necessários R$ 1,2 mil. “Sempre temos que torcer para não chover”.

Em 2014, lembra, o tema chegou a ser pauta de um abaixo assinado feito pela comunidade escolar e levado por alunos para o poder público. Além da dificuldade de espaço para as atividades, a própria rotina da escola precisa se adaptar. Durante os dias de chuva, os espaços cobertos precisam abrigar 125 alunos de cada turno. A capacidade de estudantes sentados no refeitório é de 60 pessoas.

Marcelo Gouvêa

Objetivo central
Segundo a coordenadora, a situação é acompanhada com preocupação pelas 321 famílias dos 385 alunos de idades pré-escolar e de ensino fundamental. Para ela, a persistência do grupo também tem base no exemplo de escolas com um número menor de alunos e que já contam com a estrutura. “Este tem sido nosso objetivo central enquanto APP e Conselho Escolar”.

A morosidade levou a escola, APP e Conselho Escolar buscarem a possibilidades de arcar com parte do projeto, mas os valores inviabilizaram a proposta. Na época, para cobrir os custos estimados com o piso eram necessários R$ 18 mil. Pelo valor, seria necessário guardar dois anos de recursos gerados pelos grupo, sem nenhum gasto.

Nos últimos dias, representantes da escola também buscaram aproximação do empresariado local. As tentativas de apresentar e arrecadar ao menos parte dos materiais ainda não tiveram sucesso, mas as visitas e ações neste sentido continuam a ser realizadas.

A professora e integrante da APP, Ana Regina Dalsochio, acompanha a situação há nove anos. No período, as tentativas esbarraram na alegação de falta de recursos para sair do papel. “Quando cheguei, entrei na APP com o objetivo de conseguir a quadra. Tivemos várias promessas, mas não avançou”.

Eliz Haacke

Espaço impróprio
Hoje, as atividades físicas precisam ser revezadas entre uma área externa do pátio, com brita no lugar do piso e a área coberta, onde fica o refeitório da escola. Com isso, mesmo atividades incluídas nos planos de ensino, como basquete ou futebol, são limitadas pela falta de espaço. A alternativa é adotar atividades lúdicas e brincadeiras.

No espaço reduzido, além do piso considerado impróprio, a existência de vigas, mesas e bancos ampliam os riscos de acidentes. “É um espaço bem precário e deveria ter uma quadra, até por ter ensino fundamental. A qualidade de ensino deveria ser a mesma nas diferentes redes e escolas”, relata a professora Sabrina Caviquioli.

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As dificuldades também são percebidas na rotina da professora de Inclusão e membro da Associação de Pais e Professores (APP), Charlene Soares. Entre as crianças com limitações, pelo menos, duas não podem sair das salas durante os dias de chuva. Tanto eles quanto os alunos do berçário precisam de cuidado redobrado, mesmo nos dias com tempo seco, pelo risco de lesões nas pedras ou vigas.

Marcelo Gouvêa

 

Possibilidade para o próximo ano
Segundo o vice-prefeito Ari Vequi, a tendência é que o projeto para construção da quadra da escola seja intensificado a partir do próximo ano. Inicialmente, afirma, o Executivo deve tentar viabilizar as estruturas para quadra e cobertura do espaço.

“A escola está recebendo muitos alunos. Neste ano, o Ministério da Educação não abriu nenhum processo para construção de quadra coberta, mas estamos tentando para o próximo ano ou futuro breve”, projeta.

Ele reconhece que o espaço disponível para a escola é deficitário e deve precisar de ampliações nos próximos anos. De acordo com ele, a demanda indicada pela APP é acompanhada pelo Executivo. “Um compromisso que temos é a quadra coberta da escola”.

Eliz Haacke
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