Escolas apontam suspeitos de vandalismo

Polícia ajuda a identificar suspeitos de pichar escolas do Santa Rita e Santa Terezinha

Escolas apontam suspeitos de vandalismo

Polícia ajuda a identificar suspeitos de pichar escolas do Santa Rita e Santa Terezinha

Há dois meses, duas escolas estaduais de Brusque sofrem com as pichações. O primeiro caso ocorreu na EEB Santa Terezinha, no bairro Santa Terezinha. Os desenhos abstratos junto com algumas indicações de um grupo, “os de menor”, ficaram espalhados pelas paredes. Apesar disso, nenhuma ameaça foi identificada. Da mesma maneira aconteceu na EEB Osvaldo Reis, no bairro Santa Rita.
Segundo o diretor José Valcir Bauer, da escola de Santa Rita, as pichações ocorreram na madrugada de sexta-feira, 16, e são semelhantes às encontradas na outra instituição. Nos dois casos foram registrados boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil da cidade. O Setor de Investigação Criminal (SIC) já está apurando o caso. A ausência de câmeras de videomonitoramento nas escolas dificulta a investigação. Mesmo assim, os dois diretores, Bauer e Márcio José dos Santos garantem que já têm suspeitos. “Já conversamos inclusive com o pai de um dos suspeitos, que é ex-aluno”, diz Santos.
O diretor afirma que esse suspeito estudou há alguns anos na escola, mas sua saída não teve relação com nenhuma discussão e, não havia nenhum motivo para realizar as pichações. Em sala de aula, os professores conversaram com os alunos em relação ao crime cometido na escola.

 

Na escola de Santa Rita, as pichações já foram cobertas com uma nova pintura realizada com o dinheiro da Associação de Pais e Professores (APP). “Também temos a suspeita de que sejam alunos ou ex-alunos da escola. Acredito que utilizaram o espaço da escola para fazer uso de drogas e bebidas alcoólicas e aproveitaram para sujar nossas paredes”, diz o diretor Bauer. Ele diz que não foi constatado nenhum arrombamento e até o momento não sentiram falta de nenhum objeto.
Na EEB Santa Terezinha os desenhos ainda estão expostos nas paredes e como a instituição passa por uma reforma, não investiram em nada para apagar. “Provavelmente, com essa obra a escola receberá uma nova pintura, por isso estamos aguardando”, diz Santos.

 
Providências
O gerente regional de educação, Rodrigo Cesari, da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Brusque, informa que todas as pichações nas duas escolas foram fotografadas e repassadas para as polícias Civil e Militar. As suspeitas que as escolas possuem, foram obtidas por meio de redes sociais.
Cesari diz que aguardam as investigações da polícia para que as providências legais sejam tomadas. “Esses menores infratores precisam passar por um programa socioeducativo. Com certeza serão encaminhados para o que a justiça achar melhor”.

 
Se for necessária a transferência de alunos, o gerente afirma que acontecerá. “Não temos a certeza de que foram alunos da própria escola, mas se for detectado vamos tomar as devidas providências”, diz.
Para o diretor da escola de Santa Rita, Márcio José dos Santos, o fato entristece os educadores, por sair do foco pedagógico. “Ter que lidar com questões de violência sempre nos deixa preocupados. Ficou todo mundo bastante triste com o fato, foi uma comoção chegar à escola e vê-la daquele jeito”, diz.
O major da Polícia Militar, Moacir Gomes Ribeiro, diz que nesses casos de atos infracionais, os adolescentes podem ser obrigados a reparar o dano causado e até mesmo repintar. “O problema é que a justiça é muito frágil com esses menores infratores. Então, sabendo disso, eles se aproveitam”.

 

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