Escolas de Brusque vão fiscalizar produtos entregues para a merenda

Projeto é fruto de uma parceria entre Observatório Social e prefeitura

Escolas de Brusque vão fiscalizar produtos entregues para a merenda

Projeto é fruto de uma parceria entre Observatório Social e prefeitura

O Observatório Social de Brusque (OSBr) e a prefeitura serão parceiros em um projeto pioneiro que começa nesta semana. O “Escola Monitora” propõe a fiscalização mais acirrada dos produtos entregues para a merenda escolar.

O Observatório já realizou palestras de sensibilização com as diretoras da rede municipal de educação em, abril. O objetivo foi mostrar para elas a importância de aderir ao projeto e multiplicá-lo.

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Samuel Patissi, consultor de licitações e contratos do Observatório Social, explica que o projeto é um case da entidade que consiste em usar as merendeiras como fiscais.

Cada escola terá uma espécie de calendário com as informações da licitação e quais produtos devem ser entregues. Por exemplo, o descritivo vai informar que o leite a ser recebido deve ser tetra pak, integral, com prazo validade de no mínimo seis meses.

Patissi diz que a merendeira que receber a mercadoria ficará responsável por conferir se o produto está de acordo com a descrição. “Caso não esteja, ela vai dizer que não pode receber. Antes era muito complicado até para a prefeitura fiscalizar, porque são mais de 60 escolas”.

O consultor diz que o programa é importante para evitar problemas que existem em prefeituras. “As empresas chegam para entregar os produtos ao

meio-dia, sabendo que não vai ter ninguém lá, ou à noite, fora do horário comercial, para poder passar. Com isso, barramos essa prática”.

Patissi afirma que as empresas apresentam produtos bons e de acordo com o edital na fase de amostras, mas nem todas seguem com a mesma prática depois que já ganharam a licitação.

O consultor diz, ainda, que o prefeito Jonas Paegle gostou do projeto. O vice-prefeito Ari Vequi avalia positivamente a iniciativa e diz que a prefeitura será parceira na sua implantação.

O diretor-executivo do OSBr, Evandro Gevaerd, explica que uma integrante da entidade irá a cada escola entregar o calendário e conversar com as merendeiras a partir desta semana.

“Vamos verificar todas as semanas o que foi recebido e se está de acordo com o edital”, declara Gevaerd. 

Apoio
A secretária de Educação, Eliani Busnardo Buemo, disse, após a capacitação das gestoras de escolas públicas, que a intenção é dar mais transparência ao processo.

A ideia é, também, conscientizar as diretoras para que capacitem a sua equipe para o recebimento adequado dos produtos no ponto de entrega.

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“A Secretaria da Educação não pode estar nas 61 unidades, mas cada gestor na ponta tem que se conscientizar da sua responsabilidade, do quanto se investe pelo poder público, para entender seu papel e termos sucesso na ação”, afirma Eliani.

A secretária explica que, com o programa, haverá uma pessoa definida para o recebimento dos produtos licitados.

“Para que, quando esse produto chegar lá na escola, o diretor, merendeira ou profissional designado tenha informações de cada item, para que possam acompanhar e dar garantia para que seja recebido o produto licitado”, afirmou.

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