Escolas estaduais de Brusque precisam ser ampliadas para ter ensino integral

Gerência regional admite limitação, mas diz que existe interesse em contar com novo sistema

Escolas estaduais de Brusque precisam ser ampliadas para ter ensino integral

Gerência regional admite limitação, mas diz que existe interesse em contar com novo sistema

As escolas da Gerência Regional de Educação (Gered) ficaram de fora da expansão do Ensino Médio Integral – anunciado no dia 22 de novembro – por falta de espaço. Segundo a Gered, as unidades de Brusque e região não preencheram os critérios exigidos pela Secretaria de Estado da Educação.

Sônia Maffezzolli, gerente regional de Educação, diz que a característica das escolas da região limitou a sua participação no ensino integral. Porém, ela afirma que é possível e que existe o interesse em contar com essa modalidade de ensino em 2018.

A exigência feita pela secretaria estadual para a implantação do Ensino Médio Integral era que houvesse pelo menos 120 alunos na escola e que existissem salas disponíveis o suficientes. Poucas Gereds do estado conseguiram preencher esses requisitos.

A gerente de Educação diz que as características das unidades de Brusque dificultam a implantação do Ensino Médio Integral. As escolas são mais centralizadas nos bairros e têm muitos alunos. As salas estão quase todas tomadas por alunos e não existe espaço, a princípio, para expansão.

“As escolas grandes não têm sala sobrando”, afirma Sônia. Para a implantação do ensino integral, é necessário o dobro do espaço físico normal. Os alunos estudam o dia todo, portanto, não existe o revezamento como acontece com os turnos matutino e vespertino.

Sônia dá um exemplo: para abrigar 120 alunos no novo sistema, são necessárias 12 novas salas. No primeiro ano, são quatro, com 30 alunos cada; no segundo, oito salas, pois haverá 120 novos alunos; e no terceiro ano, 12 salas, uma vez que haverá três contingentes de 120 alunos em cada série.

Encontrar espaço para essa quantidade de estudantes não é tarefa fácil, afirma a gerente de Educação. Ela diz que é por isso que tão poucas regionais do estado conseguiram entrar no Ensino Médio Integral já em 2017.

Com o número de estudantes nas escolas de Brusque e região a crescer ano a ano, os espaços foram “sumindo”. Sônia diz que muitos laboratórios foram transformados em salas de aula por causa da alta demanda. Ter laboratórios também é uma exigência para ter o Ensino Médio Integral.

Planos para 2018

Sônia diz que a intenção é fornecer o ensino integral de forma adequada assim que possível. “Se fizermos ajustes, temos interesse, sim, em ter o ensino integral”, afirma Sônia.

Os ajustes são ampliações físicas nas escolas, mas não existe previsão para que isso ocorra. Depende da vontade e do orçamento da Secretaria de Estado da Educação, em Florianópolis.

A reforma da escola estadual João Boos é reivindicada e prometida pelo governo do estado há anos. Até hoje, não saiu do papel. Outras escolas, como a Osvaldo Reis, em Brusque, também aguardam revitalização, as quais não têm data para ocorrer.

Enquanto o Ensino Médio Integral não começa em Brusque, não haverá mudança na grade curricular dos alunos, segundo a gerente de Educação.


Ensino integral começará em 16 escolas

O secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, anunciou, no fim de novembro, que 16 escolas de diversas regiões começarão com o ensino integral no próximo ano letivo. As aulas serão ministradas de 7h30 às 17h15, de segunda a quinta, e de 7h30 às 12h15 na sexta-feira.

Nesse sistema, as matérias tradicionais serão juntadas em quatro grupos: matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas.
Deschamps também divulgou que existirá um núcleo de professores que trabalharão de forma conjunta para planejar o futuro dos alunos. A intenção é que a escola esteja mais conectada com as expectativas do estudante.

Segundo o secretário, a adesão ao Ensino Médio Integral é voluntária em 2017 e deverá aumentar a partir de 2018. A implantação do ensino integral ocorre porque o governo federal fez uma reforma no currículo do segundo grau que obriga a ter alterações nos estados.

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