Escolinhas de vôlei estão fechadas por falta de contratação de professores

Prefeitura não contratou instrutores para os 18 núcleos de voleibol da Abel, que contemplavam cerca de mil crianças

Escolinhas de vôlei estão fechadas por falta de contratação de professores

Prefeitura não contratou instrutores para os 18 núcleos de voleibol da Abel, que contemplavam cerca de mil crianças

Os 18 núcleos de voleibol da Associação Brusquense de Esporte e Lazer (Abel) estão desativados. Não é por falta de vontade de entidade ou pela ausência de interessados. O que impede que crianças e adolescentes pratiquem o vôlei nos bairros de Brusque é a falta de contratação de professores. Nas gestões anteriores, a prefeitura arcou com os custos.

O projeto da Abel contemplava cerca de mil crianças em ginásios, escolas e praças esportivas, usando o vôlei como uma ferramenta de inclusão social e de cidadania. Contudo, sem os instrutores, não há previsão de continuidade. Segundo o presidente da entidade, Maurício Thomas, pelo menos quatro núcleos serão mantidos com recursos adquiridos pela Abel pela Lei de Incentivo ao Esporte, do governo federal, e deverão reabrir.

Negativa da prefeitura
Em reunião com o prefeito Jonas Paegle, o presidente da Abel explicou sobre a situação dos núcleos. A resposta, contudo, não foi a esperada. “Ele me explicou que não pode mais contratar ninguém, que a folha salarial está inchada. Falei então que se a folha está inchada, tem que ver quem está de fato trabalhando”, diz. Thomas foi além ao dizer que o projeto merecia mais respeito. “Eu falei para o prefeito que construir uma coisa é difícil, mas acabar com tudo é daqui para amanhã”.

“Eu falei para o prefeito que construir uma coisa é difícil, mas acabar com tudo é daqui para amanhã”

Mauricio Thomas, presidente da Abel

Insatisfeito com a posição da prefeitura, ele não descartou a saída da Abel para outro município. “Eu nunca trabalhei a favor de outra cidade, sempre a favor de Brusque, mas depois da reunião com o prefeito eu pretendo sim avaliar outras possibilidades”, completa.

Para Thomas, o momento é de união de forças para que as escolinhas e as equipes de rendimento do clube permaneçam em Brusque. “A Abel precisa da ajuda do poder público e do poder privado. Só assim é possível sustentar o trabalho sério que fazemos aqui”.

Em entrevista recente ao O Município, o superintendente da Fundação Municipal de Esportes (FME), Ademir Luiz de Souza, o Toto, ressaltou que o atual orçamento da pasta inviabiliza uma série de ações.

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