Estudantes de Brusque revivem tradição em visita à casa de Cônsul Carlos Renaux

Alunos do colégio que leva seu nome conheceram o casarão, a Villa Ida e a fábrica

Estudantes de Brusque revivem tradição em visita à casa de Cônsul Carlos Renaux

Alunos do colégio que leva seu nome conheceram o casarão, a Villa Ida e a fábrica

Aos poucos, o legado de Cônsul Carlos Renaux ganha mais relevância e atenção em Brusque. Nesta segunda-feira, 12, mais um passo foi dado no sentido de expor a importância da história da família. Os alunos do sexto ano do colégio que leva o nome do industriário visitaram a Villa Renaux, a Villa Ida e a fábrica, nos turnos matutino e vespertino.

A visita não é um ato isolado. A coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental 2 da escola, Jaqueline Kuhn, guiou a visita. Historiadora, ela explicou aos estudantes que, quando o cônsul era vivo, os alunos sempre o visitavam no dia 11 de março, data do aniversário dele.

A visitação desta segunda-feira é, portanto, a retomada de uma tradição centenária que remonta aos tempos em que Brusque crescia graças à pujança de indústrias como a Renaux. Encantados pela arquitetura do casarão, os estudantes ouviram atentamente os ensinamentos da professora. Até mesmo os colegas professores escutaram e questionaram sobre a história do imóvel.

Assim como acontecia no começo do século 20, os estudantes apresentaram uma música. Eles tocaram a canção Am Brunnen vor dem Tore, de Franz Schubert, compositor austríaco. Segundo a professora Jaqueline, esta era a preferida do cônsul.

“Se vivo fosse, o cônsul ficaria muito satisfeito”, afirmou a professora depois que a música foi entoada.

Música preferida do Cônsul, do compositor Schubert, foi tocada pela banda da escola | Foto: Marcos Borges

História oral
Jaqueline contou aos alunos um relato feito pela escritora Helga Kamp, uma das três estudantes que foram à casa do cônsul e estão vivas. O relato é de 1940 ou 1941. Naquela manhã de 11 de março, os estudantes foram com o caminhão da fábrica para Villa Renaux, como era tradição.

Por volta de 11h, os estudantes ainda esperavam que o cônsul aparecesse na janela de seu quarto. No entanto, uma funcionária informou que o empresário estava indisposto e dormia.

Frustrados, o professor Leopoldo Germer e os alunos tiveram alento porque puderam se apresentar aos convidados do cônsul. A música tocada é de autoria de Casimiro de Abreu.

Parceria
O colégio pôde realizar a visita por causa da autorização do Centro Universitário de Brusque (Unifebe). Desde o ano passado, a Unifebe, por meio de um convênio, faz a manutenção do acervo histórico da Villa Renaux.

A professora Rosemari Glatz representou a instituição. “Esse projeto é importante não só para Brusque, mas para toda Santa Catarina e para o Brasil”, afirmou em seu breve discurso. Ela destacou a importância da visita e disse “estar feliz” com a presença dos alunos, assim como acontecia nos tempos dourados.

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