Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Ética na Ação Política e Formação da Consciência

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Ética na Ação Política e Formação da Consciência

Pe. Adilson José Colombi

Hoje, é voz corrente o apelo à ética na política. Quando o clamor por valores éticos é constante e generalizado, é sinal claro que tal atitude está em falta. Creio que qualquer pessoa, com um mínimo de sensibilidade para com o respeito ao bem comum da Nação brasileira, não pode não se engajar neste clamor por uma ética em nossa vida política.

Sobretudo, após os acontecimentos lastimáveis destes últimos anos, com vampiros, mensaleiros, sanguessugas, máfias em vários ministérios, quebra de sigilo, tráfico de influência para tirar vantagens pessoais e outros escândalos em todos os níveis… A CNBB, em seus documentos, faz um apelo veemente à ética na Política.

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Sabemos que a Ética exige princípios inconfundíveis no exercício do poder, da autoridade, do governo, em política, em prol da construção do bem comum da Nação. Prioriza, portanto, o bem comum da população. Jamais, servir-se do poder, da autoridade, do governo para fins individuais ou apenas partidários. Tal atitude seria trair o voto dos que confiaram na reta intenção dos aspirantes aos cargos públicos. Por isso, que todos os que traíram esta confiança devem ser impedidos de permanecerem em seus postos, seja por justos processos ou pelo voto dos eleitores. Esta atitude é coerente com o comportamento ético exigido do político, cuja atitude básica é a de atitude de serviço, como nos ensinou o Cristo, quando disse e fez: “Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos” (Mc 10,45).

A CNBB lembra a todos os políticos que esta deve ser a postura ética de todos aqueles que querem contribuir para o bem estar comum da Nação. E, neste posicionamento ético, não pode faltar um conjunto de valores éticos que orientem a ação política. Entre estes valores, os documentos salientam a dignidade da pessoa humana, criada à imagem e à semelhança de Deus que fundamenta todos os demais valores éticos. Trata-se, portanto, do respeito e da promoção da dignidade humana. Logo em seguida vem a busca do bem comum. Dignidade da pessoa humana e busca do bem comum são valores e princípios éticos, imprescindíveis na ação política.

A dignidade da pessoa humana e a busca do bem comum importam na criação de condições básicas a fim de que todos os cidadãos(ãs) e as comunidades possam ter uma vida digna e solidária, superando todas as situações degradantes e despersonalizantes.
Cabe também à política e aos políticos educar, por palavras e exemplos, para o exercício da cidadania. Educar, também, para o agir honesto na política, não comprando nem vendendo o voto, nas eleições.

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O papa Bento XVI, em sua encíclica – Deus Charitas est (Deus é Amor) –, ao abordar o amor cristão, oferece orientações interessantes e importantes para a ação política. Chama atenção que a militância política é missão específica dos fiéis leigos. É uma excelente forma de atuar e auxiliar na vida pública e nas instituições socioculturais da Nação, em vista da construção de uma sociedade e de uma cultura mais justas e solidárias.

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