Ex-funcionários da Fábrica Renaux continuam sem previsão de pagamento

Em reunião na terça-feira, 22 de outubro, o administrador da massa falida informou que não dá para estipular prazo para quitação das dívidas trabalhistas

Ex-funcionários da Fábrica Renaux continuam sem previsão de pagamento

Em reunião na terça-feira, 22 de outubro, o administrador da massa falida informou que não dá para estipular prazo para quitação das dívidas trabalhistas

Os ex-funcionários da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux participaram na tarde de ontem de uma reunião com o administrador judicial da empresa, Gilson Sgrott, no auditório do Sindicato dos Mestres, Contramestres, Técnicos Têxteis, Pessoal de Escritório, Ocupantes de cargos de chefia das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharia, Tinturaria e Assemelhados de Brusque e região (Sindmestre).

A reunião foi convocada pelo presidente do sindicato, Valdírio Vanolli, para esclarecer as dúvidas dos trabalhadores sobre o pagamento das dívidas pela empresa. “Os trabalhadores estavam procurando o sindicato, impacientes. Todos têm para receber, mas ainda não receberam nada. As explicações que o Gilson deu foram importantes para os trabalhadores que querem ouvir as explicações da Justiça. Nada melhor do que ele, que foi nomeado pela Justiça, para administrar este processo”, destaca.

Durante a reunião, Sgrott informou aos trabalhadores que ainda não há um prazo para o pagamento de todos os direitos trabalhistas, já que o processo precisa seguir alguns trâmites legais para ser executado.
“O primeiro ponto é a formação do quadro geral de credores. No momento que fica pronto o quadro, o que pode levar meses, é que vamos poder dizer que está pronto para pagar. Aí vem o segundo ponto, ao mesmo tempo que estamos fazendo esse quadro geral de credores, estamos procurando os valores necessários para pagamento: créditos existentes, dívida para ser buscada e venda de patrimônio. Como não tem previsão de quando esse crédito ficará pronto, não dá para estabelecer uma data específica ao trabalhador”, explica.

A dívida da Fábrica Renaux com os ex-funcionários gira em torno de R$ 18 milhões. “Esse valor aumentou bastante em decorrência do cômputo do FGTS que estava atrasado. Antes da recuperação, tínhamos um crédito de R$ 5 milhões. Só que agora, além de computar os credores que saíram da empresa, também tem todo o FGTS do período, por isso é um valor elevado”, destaca.
Venda do patrimônio

O administrador da massa falida declarou durante a reunião que algumas empresas estão interessadas na compra do patrimônio da Fábrica Renaux. “A Sancris é uma das empresas que manifestou interesse na venda e ficou conhecida pelos credores. É bom saber que têm empresários da cidade interessados em manter a atividade empresarial. Pessoas com conhecimento e potencial para poder voltar a ser o que era antes a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux”.

Apesar do interesse de alguns empresários, não existe uma negociação para a venda da empresa. O valor de todo o patrimônio ainda não foi computado e existem regras a serem seguidas. “O caminho certo é arrecadar, avaliar e botar à venda mediante um leilão. Por isso, não pode haver negociação com nenhuma empresa. A Sancris mostrou interesse em ser uma pretensa proprietária, mas não há negociação com nenhuma delas. O ideal seria a venda por negociação, mas a lei não nos permite vender se não for mediante leilão”.
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