Exposição em praça alerta para suicídios em Guabiruba
Alunos do ensino médio da Escola S de Brusque fizeram a exposição na Praça Theodoro Debatin
Com o tema: “Uma Corda, Duas Escolhas”, alunos do ensino médio da Escola S de Brusque realizaram, na última sexta-feira, 30, uma exposição na Praça Theodoro Debatin, Centro de Guabiruba.
A tradicional figueira, ficou repleta de flores, que foram confeccionadas pelos estudantes usando cordas. O objetivo foi chamar a atenção das pessoas sobre a beleza das flores, da vida, destacando a alta taxa de suicídios no município e orientando para a busca de auxílio.
“Esse projeto (…) vem para mostrar que há outros caminhos para seguir do que apenas desistir e se suicidar. Esperamos que toque de alguma forma no coração das pessoas que passam por ali e seja um incentivo para continuar a viver”, descreveu a estudante Daniele Beatris Schaefer, de 17 anos.
A exposição tem ainda um QRCode, que direciona as pessoas para o site criado pelos alunos. Nele há explicações sobre a intervenção e formas de prevenção.
A ação foi desenvolvida nas aulas de Linguagens, códigos e suas tecnologias, durante um estudo sobre Arte Contemporânea. A ideia foi criar uma intervenção que abordasse temas cotidianos, a diminuição das fronteiras entre a arte e o público (interação), a preocupação com o presente e as novas técnicas de produção e disseminação da arte.
O artista brusquense, Jo Leoni, descreveu a exposição como “estética relacional, que vem justamente propor a arte não mais como um objeto a ser entendido, mas também como um local de experimentação, discussão e participação”.
Propostas de ações
Durante as aulas, surgiram ainda outras propostas de ações entre os alunos, tais como a situação atual de pandemia no novo coronavírus, a efemeridade da vida, tempo passageiro, preocupações constantes e rotina de trabalhos ininterrupta.
“O trabalho possibilitou o desenvolvimento de competências socioemocionais por meio da reflexão sobre o momento que estamos vivenciando – permeado de problemas psicológicos – e percebemos a sensibilidade e empatia dos nossos alunos perante as questões sociais. É realmente gratificante ver o conhecimento construído em sala ultrapassar as paredes da escola”, concluiu a professora, Juliana Costa Masera.
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