Extinção das ADRs está fora da pauta dos candidatos e pré-candidatos ao governo do estado
Fora da pauta
Não há uma combinação sobre o assunto. É apenas coincidência o fato de nenhum dos candidatos já oficializados e dos ainda pré-candidatos ao governo estadual não se posicionar abertamente sobre a extinção ou não, se eleitos, das 15 Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), cujo custo, até o final ano, deve passar dos R$ 600 milhões.
Insurgência
Enquanto as grandes federações patronais de SC fazem um silêncio ensurdecedor, a Associação Comercial e Industrial de Chapecó se posiciona de forma contundente acerca da gastança incontrolada do Legislativo estadual. Em nota, a entidade reconhece a importância, seu papel na defesa da cidadania em uma sociedade livre e democrática, mas lamenta que ele esteja se destacando no cenário brasileiro pelos seus gastos excessivamente elevados. É o terceiro mais dispendioso dentre os 27 do país. Cada um dos 40 deputados de SC custa R$ 15,9 milhões por ano. Cita ainda regalias, como plano de saúde sem limites de gastos para seus legisladores. “Embora fulcrado em portaria – é um privilégio inaceitável por ser flagrantemente ilegal e imoral”, diz a ACIC, acrescentando ainda que “os senhores parlamentares demonstram viver em outra galáxia, ignorando as vozes das ruas e da sociedade civil”. Por fim manifesta repúdio por tais condutas e pede ao MP-SC as medidas cabíveis.
TCE em pauta
O Tribunal de Contas do Estado não deixa de ser notícia ruim na mídia. Seu sindicato de servidores lembrou ontem que continua a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF) ação popular que pede a anulação da eleição e escolha do ex-deputado Luiz Eduardo Cherem para o cargo de conselheiro, em 2014, por não cumprir requisitos legais, como prova de notório saber para exercer o cargo. A tramitação nesses quatro anos respeitou o devido processo legal, garantindo amplo contraditório e defesa das partes envolvidas. A ação está pronta para julgamento desde 13 de março passado.
Elogios
O ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Fux, desmanchou-se em elogios para o Tribunal Regional Eleitoral de SC, anteontem, quando mais de 30 instituições assinaram carta de compromisso pela ética e transparência e contra a corrupção no financiamento das campanhas eleitorais das eleições deste ano. A campanha, idealizada e muito bem feita pelo TRE-SC, foi adotada pelo TSE e será replicada em todo o Brasil pela Justiça Eleitoral.
Força sindical
A unida categoria dos fiscais da Fazenda do Estado, que sempre esteve representada politicamente no Legislativo estadual e até no Executivo (com o governador Paulo Afonso Vieira) continua coesa no apoio ao presidente licenciado de seu sindicato, o blumenauense Fabiano Dadam Nau, candidato a deputado estadual pelo PSB.
Sem lógica
O publicitário Curt Ness observa que as alianças políticas que estão rolando em SC e no país não tem nenhuma lógica, ideologicamente falando. É o caso dos comunistas e a família Bornhausen que, tudo indica, vão dividir palanque pela primeira vez.
Relíquia
Tangará, no meio oeste de SC, pretende fomentar mais seu turismo não só com seu já famoso vinho, mas também com religião. Recebeu na semana passada fragmentos de um osso (rádio), do braço direito, de Santo Antônio de Pádua (1191-1231), enviado da cidade de Pádua, na Itália. O objeto já é venerado na igreja matriz local.
Julho Verde
Até o final do mês, o Brasil está mobilizado na Campanha Julho Verde, que tem como objetivo informar a população sobre o câncer de cabeça e pescoço e buscar prevenir novos casos, além de garantir o diagnóstico e o tratamento adequados. Entre outras bandeiras, pacientes e profissionais de saúde defendem a adoção da chamada laringe eletrônica na tabela do SUS. O senador Dalírio Beber (PSDB-SC) lidera mobilização política para assegurar a distribuição gratuita do aparelho.
Telhado de vidro
Esse é o país da piada pronta. Divulgou-se ontem que o recém-nomeado ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, foi autuado 24 vezes em fiscalizações do Ministério do Trabalho por infrações trabalhistas, entre 2005 e 2013, em sua fazenda, em Conceição do Rio Verde, no Sul de Minas Gerais. Uma das autuações, de 2009, refere-se a dois trabalhadores rurais que estavam sem registro em carteira de trabalho.