Falta de chuvas deixa rio Itajaí-Mirim com volume de 1 metro

Fenômeno Lã Nina colaborou com a estiagem em Santa Catarina, que já atingiu 14 rios em 11 cidades

Falta de chuvas deixa rio Itajaí-Mirim com volume de 1 metro

Fenômeno Lã Nina colaborou com a estiagem em Santa Catarina, que já atingiu 14 rios em 11 cidades

Esta época do ano é conhecida por ser um período em que as chuvas diminuem. No entanto, o fenômeno climático Lã Nina está influenciando a estiagem que atinge rios de Santa Catarina.

“Essa é a causa principal. Essa falta de umidade, que não veio pra nossa região e, consequentemente, é um período em que praticamente não tivemos chuvas”, afirma o meteorologista da Epagri/Ciram, Clovis Correa.

Segundo o profissional, o fenômeno está perdendo força gradativamente e o esperado é que o clima volte ao normal em breve. “Verificamos que o inverno deve ser dentro da normalidade, entre junho e julho. Mas mesmo assim estamos esperando que as chuvas fiquem abaixo da média.”

Já o engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho, do Climaterra, ressalta que apesar do fenômeno estar próximo do fim, “os efeitos ainda vão se prolongar por mais dois ou três meses”. De acordo com ele, a chuva mal distribuída até a metade do inverno.

Clovis explica que na região de Brusque tem chovido menos nas últimas semanas, mas não é tão significativo quanto no Oeste do estado, onde a estiagem está mais intensa.

A Epagri/Ciram emitiu um aviso hidrológico na quinta-feira, 3, informando que há 14 rios em 11 cidades em situação extrema.

De acordo com o órgão, as cidades com rios em estado de emergência são: São João Batista, José Boiteux, Passos Maia, Tangará e Concórdia. E em alerta estão Forquilhinha, Canoinhas, Alfredo Wagner, Braço do Norte, São Martinho e Rio Negrinho. Os locais onde apresentam um dos maiores déficits hídricos no estado estão localizados nas regiões Oeste e Meio-Oeste.

Ontem à noite o rio Itajaí-Mirim estava com 1,07 metro em Brusque, de acordo com o Ceops/Furb. Como comparativo, ele atinge mais de 8 metros em enchentes. Já em Vidal Ramos, a altura estava em 1,32 metro. Apesar de baixos, os volumes não caracterizam estiagem oficialmente.

Última década
Segundo dados da Defesa Civil de Brusque, abril de 2018 registrou o quarto menor volume de chuva dos últimos dez anos, com apenas 92 milímetros. No entanto, em 2015 choveu ainda menos: 51 mm.

Previsão para maio
Segundo Coutinho, a probabilidade de chuva é maior em maio, não só para Brusque, mas para todo o estado.

O engenheiro agrônomo afirma que para este mês a situação continua semelhante, com chuvas irregulares e temperaturas oscilando da mesma maneira.

“Tudo indica que a partir do fim de semana do Dia das Mães e semana que vem já deve entrar um frio mais significativo”, revela.

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