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Faltam mais de 50 medicamentos nas farmácias da Prefeitura de Brusque

Quem não pode comprar em farmácia particular tem que esperar a reposição do estoque

As farmácias das Unidades Básicas de Saúde de Prefeitura de Brusque passam por período de desabastecimento de mais de 50 medicamentos. Diversos deles bastante receitados pelos médicos, como o Omeprazol, a Amoxilina e o Buscopan. Não há previsão de quando os estoques serão repostos.

Segundo os atendentes da Farmácia Básica do Centro, já “há algum tempo” alguns remédios estão em falta. Uns mais, outros menos, conforme uma funcionária.

Eles não sabem responder porque os medicamentos não estão sendo distribuídos, pois afirmam que sua única função é a distribuição, já que a gestão da demanda é feita pelo almoxarifado da secretaria de saúde.

Os funcionários disseram ainda que as listas informativas dos remédios faltantes que estão nas dependências da farmácia estão desatualizadas, isso porque alguns remédios tiveram seu estoque reposto ontem, sem especificar marcas. No mural da farmácia do Centro, conta-se 53 remédios em falta. Em outra, na unidade do Guarani, conta-se 49.

As pessoas que chegavam à farmácia logo se depararam com os cartazes fixados na entrada, a um metro da porta. Os que notavam que seu medicamento estava na lista dos que faltavam eram informados pelas atendentes da data provável da reposição do remédio, segundo informações repassadas anteriormente pelo almoxarifado.

A opção do paciente é esperar a data “provável” em que o medicamento estará disponível, ou adquiri-lo em farmácia particular. A segunda opção foi a escolha de Cosme Trianoski, que foi até a unidade do bairro Guarani, onde mora, buscar medicamento receitado para sua esposa.

Lá, foi informado da falta do medicamento e que talvez o estoque fosse reposto no dia seguinte. Como a receita pedia que a mulher tomasse a medicação o quanto antes, optou por fazer a compra na farmácia privada. No local, também foi informado de que não adiantaria ir até o Centro porque lá também não haveria remédio.

“Igual a mim havia várias pessoas chegando e já colocaram a lista logo de cara, que é para o povo ver que não tem e ir embora”, afirma Cosme Trianoski, que alertou o Município Dia a Dia sobre o desabastecimento, por meio de publicação no aplicativo Post-up.

Sem explicação para o desabastecimento
O Município Dia a Dia não conseguiu nenhuma explicação oficial da prefeitura sobre o desabastecimento. À prefeitura, foram enviados questionamentos sobre o porquê de tantos medicamentos estarem em falta e quando a prefeitura irá ter o estoque reabastecido.

Na recepção da parte administrativa da Secretaria de Saúde, ontem à tarde, não havia ninguém atendendo, sendo que o local estava com as luzes apagadas.

É possível que a explicação para a falta de remédios, entretanto, tenha ligação com o prazo para licitações. Hoje, a prefeitura tem duas formas de se abastecer: licitação própria ou a feita pela Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi).

A única licitação de medicamentos já prevista para este ano é para o dia 26 deste mês, no entanto, para a aquisição de apenas duas marcas de remédios. A Ammvi abriu processo licitatório em 17 de dezembro do ano passado, o qual ainda não foi concluído.

Um dos medicamentos em falta é o Omeprazol, cuja demanda está entre as mais altas na saúde pública. Isso porque ele é o mais indicado para tratar refluxo, gastrite, úlcera gástrica e úlcera duodenal. Ele também funciona como um protetor gástrico para quem vai usar medicamentos mais fortes que machucam o estômago.