Na relação entre Rôni Luiz Pavesi e os filhos Yuri e Maria Luiza, a fé estreita os laços. A participação na igreja é de longa data. Quando criança, Rôni já tinha o exemplo dos pais e durante a juventude participou de grupo de jovens. “Era algo natural”, diz Rôni.

Depois de casado, ele e a esposa Viviana continuaram indo à igreja, mas durante alguns anos ficaram mais passivos. Moraram por um tempo em outra cidade e em 2010 voltaram para Brusque. Nesta época, começaram a participar mais e Luiza virou coroinha.

Em 2014, Yuri fez o acampamento Formação de Adolescentes Cristãos (FAC), do movimento campista das paróquias de Brusque, Botuverá e Guabiruba. Rôni e Vivi fizeram o acampamento Sênior, em 2015, e dois anos depois Luiza fez o acampamento Mirim, em Iguatemi (MS). A partir daí, Rôni e os filhos começaram a participar com mais intensidade. “Foi uma chama que reacendeu”, explica Rôni.

Experiências na fé

Rôni e Yuri serviram juntos pela primeira vez em um retiro de crisma, em 2016, no fim de semana de Dia dos Pais. “Servir junto faz a gente se sentir mais presente um na vida do outro”, comenta Yuri.

Eles consideram que cada vez que servem, se unem mais como família. “É a mistura de vários sentimentos bons. É família, é Deus, é alegria de estar servindo lá”, diz o filho.

Todos serviram juntos pela primeira vez no acampamento Mirim, em outubro de 2017. “Foi muito gratificante ter essa experiência com eles”, afirma Luiza. “Foi a missão que mais marcou”, complementa Yuri.

Primeira vez que eles serviram todos juntos foi em um acampamento em 2017 | Foto: Arquivo Pessoal

O sentimento é de alegria para todos eles, tanto por participarem juntos quanto por servirem a Deus e ajudarem o próximo. “Servir é sempre uma honra. Mas servindo juntos foi um pedacinho do céu”, descreve Rôni.

O envolvimento com o acampamento motivou Rôni e os filhos a participarem de outras atividades. Luiza é acólita na igreja matriz da Paróquia São Luís Gonzaga, Rôni é ministro extraordinário da Eucaristia neste mesmo local, junto com a esposa, e Yuri participa do ministério de música.

Luiza diz que é muito legal quando serve de acólita na missa e os pais como ministros. “Acho gratificante”, afirma a adolescente.

O pai conta que é muito bom ver os filhos participarem dessa maneira. “Não poderia querer nada melhor. Saber o que eles estão fazendo, por quem e para que, que é justamente essa caminhada que a gente tem aqui”, diz orgulhoso.

Estreitando laços

A caminhada de fé deixou a relação deles ainda melhor. “Acaba criando oportunidade para a família criar um laço”, diz Yuri.

O envolvimento também melhorou a comunicação entre eles, que passaram a conversar mais. “Muitas vezes a gente se pega falando sobre um assunto sobre a igreja e a conversa flui com essa vivência”, relata Rôni.

Admiração mútua

O que os filhos mais admiram no pai é a alegria.”Eu não entendo como consegue ser tão feliz quando acorda”, brinca Luiza. “É o jeito engraçado e alegre”, diz Yuri.

A caminhada de fé do pai os incentiva a continuar participando. Maria Luiza conta que Rôni é uma inspiração. “Eu vejo ele buscando ser uma pessoa melhor e isso me dá muito exemplo pra eu tentar ser uma pessoa melhor também”.

“É alegria, é perseverança, de estar sempre na ativa”, complementa Yuri.

O pai se orgulha dos filhos. “Ver eles servindo e participando junto com a gente ou mesmo com outras pessoas é muito gratificante. Enquanto pai isso de fato é um grande presente. Eles já são grandes presentes, mas a vontade deles e especialmente a resposta deles quando vem o chamado de se estar colocando para servir é ‘topzera”, finaliza.


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