Fenarreco fecha com prejuízo de R$ 275 mil

Secretário de Turismo alega que investimentos geraram déficit e edição de 2014 terminou no vermelho

Fenarreco fecha com prejuízo de R$ 275 mil

Secretário de Turismo alega que investimentos geraram déficit e edição de 2014 terminou no vermelho

O balanço final da 29ª Festa Nacional do Marreco (Fenarreco), que aconteceu de 9 a 19 de outubro, no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, apontou um prejuízo aproximado de R$ 275 mil.

De acordo com o balanço publicado no site da prefeitura, a receita da festa neste ano foi de R$ 1.169.107,26, enquanto que a despesa chegou a R$ 1.443.788,75. Resultado diferente dos dois anos anteriores em que a Fenarreco fechou no positivo, cerca de R$ 12 mil de lucro em 2012, e R$ 32 mil em 2013.

O secretário de Turismo, Norberto Maestri, o Kito, diz que o déficit deve-se ao aumento no número das atrações. “O investimento em bandas como Cavalinho, Montanari e Vox 3, bem como a ampliação de conforto aos visitantes com internet wi-fi, banheiros químicos e a tenda externa com mais infraestrutura, influenciaram no valor da despesa”.

Ele destaca ainda a realização de dois desfiles e a grande adesão ao traje típico como fatores que influenciaram o aumento da despesa. “O traje típico representou mais de 60% do público total da festa, e isso impactou na receita, pois possibilitava o ingresso gratuito. Se tivéssemos cobrado a entrada desses 60 mil que foram trajadas, certamente teríamos lucro, mas não era isso que queríamos. A intenção da festa era um resgate da cultura”.

O secretário ressalta também o calendário da festividade, que neste ano teve 11 dias, com o feriado de 12 de outubro coincidindo com o domingo, reduzindo a possibilidade de mais um bom dia de visitação e consumo.

Para ele, o déficit não pode ser considerado negativo. “Temos que pensar que realizamos a festa em um pavilhão arcaico, que já tem 23 anos, e como queríamos dar um boom na Fenarreco, era preciso investir. Foi um ano de investimento na festa, não vejo os números como negativos, mas positivos porque conseguimos fazer uma grande festa. Não vai ter lucratividade no futuro se não tivermos investimentos no presente”.
Números da festa

Comparado com os dois últimos anos, a consumação do público também teve uma queda. Em 2012 foram comercializados 128.132 copos de chope, em 2013 foram 146.286 copos consumidos, e neste ano foram 125.787 copos comercializados, uma queda de 14% em relação ao ano passado.

Para Kito, os preços superiores aos praticados no ano passado não influenciaram no consumo menor da bebida. “Não foi a questão de preço. Foram realizadas muitas blitze, o pessoal estava mais preocupado com a segurança. Também percebemos que o pessoal estava sem dinheiro, todo o mercado estava receoso, não tinham dinheiro para gastar”.

Na gastronomia, o balanço também mostrou uma consumação menor. Em 2012 foram vendidos 13.090 pratos típicos, em 2013, 13.696, e neste ano 12.350 pratos – buffet e marreco – uma queda de 9% em relação ao ano passado.

No entanto, o consumo de refrigerante e água foi maior em 2014. Nesta edição foram 39.123 copos das bebidas comercializados. Em 2013 foram 37.393, e em 2012, 36.335.

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