Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - rodrigosantos@omunicipio.com.br

Fim de ano melancólico

Rodrigo Santos

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Fim de ano melancólico

Rodrigo Santos

Enquanto o torcedor do Brusque ainda tenta absorver o que aconteceu no sábado passado em Recife, vem outra paulada na quarta que encerra um ano pra esquecer do clube. Depois de cair no estadual dentro de casa nos pênaltis para a Chapecoense, o time deixa escapar o acesso para a Série B por uma escolha errada do técnico, que botou o limitado zagueiro Roberto, o seu capitão do time da Copa SC, para cometer um erro infantil que custou a classificação.

E aí, na quarta, esse mesmo time titular consegue a façanha de perder para um mistão do Santa Catarina e cair fora da Copinha, quando uma vitória simples o colocaria na segunda fase para enfrentar o Figueirense.

Dentro de campo, esse time não empolgou o torcedor. Temos que admitir que nunca foi um time confiável. O Brusque de 2025 perdeu mais jogos do que ganhou: foram 17 vitórias, 12 empates e 18 derrotas, com 48 gols marcados e 41 sofridos.

A minha maior preocupação é o futuro, uma vez que muitos dos jogadores “antigos”, contratados pela diretoria associativa terão seus contratos se encerrando, e a continuidade deles é incerta. Além do mais, alguns reforços trazidos pela SAF simplesmente não entregaram. Dependemos muito dos nossos guerreiros históricos, como Nogueira, Alemão, Jhanpool, Alex e Diego Mathias. Apenas Guilherme Pira veio e realmente ajudou em campo.

O torcedor está magoado, e a atual gestão do clube vai ter que mostrar muito mais nessa virada de temporada para recupera a confiança. É bom ver que alguns investimentos foram feitos em estrutura, mas a torcida quer ver resultado em campo. A pancada foi muito forte, e o sentimento geral é que “aquele Brusque que a gente torcia acabou”. Vamos aguardar os próximos movimentos, já que tem jogo já primeira semana de janeiro.

Parado

A Federação Catarinense de Futebol segue irredutível, o tempo passa e não há movimentação nenhuma sobre a questão do gramado do Estádio Augusto Bauer. Perguntado sobre o assunto recentemente, o presidente do Renaux, Altair Heck, não trouxe nenhuma novidade, continuando a achar que vai encontrar um “jeitinho” de liberar o que já está aí. Com o campeonato começando em 7 de janeiro, logo vai faltar prazo para que seja feita um reforma. E os dois clubes correm um risco enorme de se enfrentarem no Estadual em outra cidade. Aí seria a vergonha completa.

Regulamento

O regulamento do Campeonato Catarinense de 2026 criou um torneio verdadeiramente suicida: serão apenas seis rodadas que podem colocar um time na briga pelo título ou num quadrangular onde três times caem, e isso tudo apenas no mês de janeiro. O Brusque está em uma chave relativamente boa para passar, se conseguir montar um time bom. Mas o Renaux foi muito prejudicado, pois terá no seu grupo Chapecoense e Criciúma, que podem subir para a Série A, o Santa Catarina, que vai para a Copa do Brasil, além do Figueirense e Barra, que jogam a Série C. Baita presentão de acesso. Bom lembrar que o Brusque votou a favor do rebaixamento de três equipes.

Vexame

Do outro lado do oceano, o AVS, time que pertence ao mesmo grupo financeiro do Brusque, dá vexame no campeonato português. Após 8 rodadas, o time tem apenas um ponto e segura a lanterna da competição.

Santa Catarina

Dá gosto de ver o trabalho feito pelo time do Santa Catarina. Fez uma campanha brilhante no Estadual com poucos recursos, e conquistou vaga na Copa do Brasil. Aí chega na Copa Santa Catarina, com um time bem diferente e outro treinador, e termina sobrando a primeira fase da competição, com cinco vitórias e um empate. Perdeu apenas dois jogos em todo o ano. Tem clube que precisa aprender a receita deles.

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