Fim de festa
Fim de festa
- Por Rodrigo Santos
- 05/04/2019
- 4:48
O vexame que o Brusque deu frente ao seu torcedor na quarta-feira nada mais é que o retrato do time na temporada de 2019. Não faz muito tempo, o time tinha entrado no G4 do estadual após achar um gol nos acréscimos contra o Marcílio Dias. Depois disso, só decepção: um empate xoxo com o Criciúma, e três derrotas onde o time mostrou um futebol digno de zona de rebaixamento, nas derrotas para Chapecoense, Tubarão e, agora, a goleada para o Avaí.
Por sorte, e olha que ela sorriu nesse ano, o time não corre risco de descenso. Tirando a goleada sobre o Metropolitano, onde o time passou por cima do adversário, as vitórias do Bruscão no campeonato aconteceram com o time jogando mal: foi assim em Criciúma, debaixo de um bombardeio do Tigre, contra o Hercílio e Tubarão, tomando pressão quase o jogo todo, e contra o Marcílio, num cruzamento no último minuto que acabou em gol. Em nenhum desses jogos, a gente pode chegar e dizer “o time jogou bem”.
Na reta final, com os times buscando se organizar e crescer, o Brusque parou. O técnico Marcelo Caranhato tentou mexer de todas as formas, mas não adiantou. Está se pagando o preço do erro de planejamento lá atrás quando, por exemplo, após o título da Copa Santa Catarina, o time perdeu todos os jogadores de armação e a o comando do futebol teve que ir ao mercado atrás de peça de reposição com mercado quase fechado. E aí apareceram erros como Vitor Junior, que simplesmente se recusou a viajar para Chapecó.
Nem precisamos dizer que a reestruturação do time para a Série D precisa começar na segunda-feira. Já é tempo de analisar tudo o que deu errado e tentar não repetir daqui pra frente. Com as vagas recentes na Copa do Brasil e até o título da Copa Santa Catarina, o nível de exigência aumentou. Não dá pra tocar dessa forma.
Se o Brusque terá um novo e grande estádio no ano que vem, precisa ter um time a altura. Do jeito como ele foi montado nesse ano, fica complicado. Que pelo menos o time tenha a dignidade de terminar bem o campeonato, já que a torcida exige que o time vença e rebaixe o Metropolitano, seu maior rival.
Vitor Junior
O meia, maior salário do time, não apareceu no embarque para o Oeste e, depois de ser “dedurado” pelo técnico após a derrota em Chapecó, acabou dispensado na terça, após dois dias de silêncio da diretoria. Um custo-benefício terrível. Bom lembrar que ele estava sem jogar desde outubro e levou um mês para entrar em forma após ser anunciado. O clube precisa rever seu critério de pesquisar jogador. Ele veio, levou uma grana, jogou muito pouco (exatos 359 minutos) e não ajudou. Pra ser sincero, fiquei assustado quando soube o valor pago ao atleta.
Amador
O Campeonato Municipal de Futebol Amador terá neste final de semana a penúltima rodada da primeira fase. Praticamente todas as vagas na segunda fase estão definidas, restando saber o posicionamento nos grupos, o que definirá os confrontos. O que me chama atenção positivamente é que, até agora, não houve nenhum tipo de confusão nas partidas. Isso é muito bom.
Basquete
Amanhã tem jogo do Brusque basquete contra o Unifae, de São Paulo, a partir das 16h, na Arena Brusque, pelo Campeonato Brasileiro Adulto. O jogo terá transmissão ao vivo para todo o mundo através do canal oficial da CBB, pela TV Nsports.
Marcílio
Após estar vencendo por 2 a 0, o Marcílio Dias cedeu o empate para o Hercílio Luz e acabou deixando o G4 do campeonato catarinense. O Criciúma, que venceu o JEC por 1 a 0 com um golaço de Daniel Costa no último minuto, é o novo quarto colocado e só depende de si para classificar. Aliás, a última rodada promete na briga contra o rebaixamento. Tubarão, Metropolitano e Hercílio Luz entrarão em campo com a obrigação de vencer suas partidas e ficarão com o ouvido colado no rádio. Destes, apenas o Tubarão jogará fora de casa, contra o eliminado Joinville.