“Foi um choque”: catarinense que teve perna amputada se recupera após acidente com retroescavadeira
Isabella conta sua experiência através das redes sociais
Moradora de Joinville, Isabella Fanha, de 25 anos, teve a perna direita amputada após um acidente entre uma motoneta e uma retroescavadeira em março deste ano. Três meses depois, a jovem tenta se adaptar à nova rotina e se prepara para o uso de prótese.
Em 7 de março, Isabella estava a caminho do trabalho, na rua Anitápolis, quando sofreu o acidente que causou a amputação. Sua perna bateu diretamente na pá da retroescavadeira, o que causou uma fratura exposta.
“Os bombeiros já imaginavam que teria que amputar”, relembra. Apesar disso, no dia do acidente a equipe médica realizou uma cirurgia na perna para tentar evitar a amputação. Porém, como o quadro de Isabella não melhorou, no dia 9 um exame foi realizado já avaliando a amputação. Ela estava com a oxigenação e a frequência cardíaca baixas.
No dia seguinte, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória. Os médicos conseguiram reverter o quadro, porém decidiram pela amputação. “Foi uma cirurgia que teve que ser muito rápida”, conta Isabella
Primeiras semanas pós-amputação
Isabella conta que os primeiros dias em casa após a amputação da perna direita foram os piores. “Sentia muita dor, a dor do osso serrado. Não conseguia dormir, acordava a cada duas horas chorando”, relembra.
Antes dela utilizar o andador e cadeiras de rodas, o marido a transportava pela casa. “Primeiras quatro semanas foram de muita dependência”, diz a jovem.
Em duas semanas, Isabella começou a sentir a dor fantasma. “Quando é dor fantasma precisa de remédios mais específicos”, explica. Por isso, ela voltou ao hospital. “Por sorte os médicos que me atenderam foram os mesmo que participaram da minha amputação”, diz Isabella.
Em vídeo publicado nas redes sociais, ela explicou sobre a dor fantasma.
@isafelixf Vamos falar sobre dor fantasma?! #superacao #dorfantasma #amputacaotraumatica ♬ som original – Isabella Fanha
A jovem relembra que os médicos ficaram feliz por verem ela. Os profissionais também avaliaram que a cicatrização do coto foi boa.
Para Isabella, foram receitados novos medicamentos, devido à dor fantasma. Ela relata que na primeira semana com os novos medicamentos, a dor melhorou, mas ainda sentia muita dor. “Questiona a vida, na dor profunda é o sentimento que a gente tem”, fala.
Nova rotina e prótese
“Quando explicaram como seria a vida dali para frente foi um choque muito grande”, diz Isabella. Apesar do trauma, ela conta que a família sempre esteve muito próxima e deu todo o apoio necessário.
Para se adaptar à nova rotina e ter a chance de voltar ao trabalho como médica veterinária, a moradora de Joinville decidiu que usaria uma prótese. “Minha rotina é muito pesada para usar andador ou cadeira”, comenta.
O valor da prótese era de R$ 84 mil. Por isso, ela criou uma vaquinha virtual. Em uma semana, em abril, ela conseguiu arrecadar dinheiro suficiente.
@isafelixf Os primeros passos, ainda estamos em fase de ajustes e medidas, vou chegar la! #fitness #TikTokReceita #amputação #superacao ♬ Epic Music(863502) – Draganov89
Desde então, ela se mudou temporariamente para Curitiba, onde seu pai mora e onde realiza fisioterapia e os procedimentos necessários para a adaptação à prótese. Além de Isabella, o filho, de 4 anos, também teve que se adaptar a uma nova rotina. O menino teve que mudar de escola.
Uma das maiores vontade de Isabella era retornar a fazer academia. Após avaliação da fisioterapeuta, pôde voltar à atividade. Atualmente, ela publica nas redes sociais, como Instagram e TikTok, vídeos em que mostra e fala da nova rotina. “A minha psicóloga me ensinou a lidar com o presente”, diz.
Atualmente, ela fica o dia inteiro com uma faixa elástica para modelar e desinchar o coto. Os únicos momentos em que ela tira a faixa são para o banho e para dormir.
@isafelixf Desabafo da noite, boa noite todos, sigo firme! ❤️ #desabafo #trendy #amputada ♬ som original – Isabella Fanha
Além disso, Isabella conta que recebe muitas mensagens de pessoas mandado palavras de apoio. “Muita gente já me mandou mensagem falando que sou uma inspiração”, fala. Apesar dos “bons resultados” de seus vídeos, ela fala que pretende lutar mais afundo por essa causa quando tiver superado seu caso.
Leia também:
1. Começa o El Niño: Sul do Brasil pode sofrer com enchentes em 2023
2. VÍDEO – Jogador do Nação, de Joinville, denuncia que torcedor o chamou de “macaco”
3. Carros colidem próximo ponte que liga Centro e Jardim Maluche, em Brusque
4. Identificado homem que morreu esmagado após trator capotar em SC
5. Ex-companheiro furta R$ 4 mil de mulher no Centro de Brusque
Assista agora mesmo!
Veja cenas exclusivas do especial que revela histórias nunca antes reveladas das igrejas de Guabiruba: