Formada na escola Oscar Maluche, Banda da Diversidade fomenta a inclusão

Apresentação na EEF Augusta Dutra de Souza foi o encerramento do projeto em 2018

Formada na escola Oscar Maluche, Banda da Diversidade fomenta a inclusão

Apresentação na EEF Augusta Dutra de Souza foi o encerramento do projeto em 2018

A inclusão e integração dos alunos acontece de diversas maneiras nas escolas, e uma delas é a música. Na Escola de Ensino Fundamental (EEF) Lions Club Companheiro Oscar Maluche, no Steffen, sete estudantes formam a Banda da Diversidade, grupo musical de diversos estilos e gêneros. O projeto Educação, Diversão e Arte começou com uma apresentação durante a Semana da Inclusão, em agosto, e resultou na banda estudantil.

Os integrantes da banda têm entre 14 e 16 anos e são todos alunos da EEF Oscar Maluche. Adelmo Queiroz, Carlos Eduardo de Paula, Rayana Silva, Fabiana Eleutério, Julio César Machado, Brenno de Souza Ferreira e Davi Sampaio Oliveira vêm ensaiando juntos há poucos meses, mas já fizeram diversas apresentações na escola onde estudam.

Incentivados pelo educador social Marcelo da Silva Gomes, os estudantes formaram uma banda de pop rock, mas que não se limita a esse estilo. “Escolhemos o nome ‘Banda da Diversidade’ por isso, é uma salada”, brinca o professor. Como cada um dos integrantes se interessa por estilos musicais diferentes, eles exploram diversos ritmos e músicas para o repertório.

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“É um espaço para eles se desenvolverem. Quem toca instrumentos já sabia tocar, eu não ensinei ninguém”, conta Marcelo. Quando o projeto começou, outros alunos ficaram sabendo e se interessaram em participar, e assim a banda foi crescendo.

Os professores Marcelo e Elizete (à esquerda) coordenam o projeto | Natália Huf

Para os adolescentes, é um momento de diversão e integração. Os ensaios acontecem na escola todas as terças-feiras. Para Brenno, é muito bom poder tocar e cantar com os colegas. Ele e o guitarrista Davi já eram amigos e sempre conversavam sobre música, mas nunca tinham tido a experiência de tocar juntos.

Antes das apresentações, os integrantes da banda contam que dá um pouco de medo e nervosismo, mas depois, quando estão no palco, tudo passa. O show realizado na segunda-feira, 3, na EEF Augusta Dutra de Souza, no bairro Limeira, foi o encerramento do projeto, que teve início há cerca de três meses. Foram 45 minutos de apresentação, com um repertório de dez músicas ensaiadas pelos alunos. Esta foi a segunda vez que a banda esteve na escola na Limeira.

Assista ao vídeo da apresentação da Banda da Diversidade:

O primeiro show foi realizado no dia 23 de novembro, para os alunos do período matutino. Mas a apresentação impressionou, e a diretora da escola, Cristina Zierke, convidou a banda para performar também para os alunos da tarde. “O show foi sensacional, essas crianças são muito talentosas”, afirma. “Os alunos amaram, pediram bis.”

O convite foi feito para, além de proporcionar uma atividade diferente para os estudantes, incentivar o gosto pela música. Segundo Cristina, muitos alunos da escola também tocam instrumentos: “Quem sabe isso não os estimula a ter uma banda também?”, diz a diretora, que acredita que o trabalho com música ajuda no desenvolvimento dos alunos e também na disciplina.

Alunos do 9º ano B foram convidados para subir ao palco e cantar com a banda | Natália Huf

Inclusão
A primeira apresentação da Banda da Diversidade foi no encerramento das atividades da Semana da Inclusão, que ocorreu na escola Oscar Maluche na última semana de agosto deste ano.

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A professora responsável pela Sala Multifuncional da escola do Steffen, Elizete Wippel Minuzzi, conta que a participação na banda colaborou muito para o desenvolvimento dos estudantes do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Dois dos integrantes são alunos do AEE, um por apresentar deficiência intelectual, e o outro, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

“Um dos meninos, que possui essa deficiência, nem apresentava trabalhos na sala de aula”, conta Elizete. Ela relata que o aluno falava baixo e tinha dificuldades para falar em público. “Hoje, com a banda, ele se soltou, passou a oralizar melhor. É bem gratificante ver essa evolução.”

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