Funcionários dos Correios de Brusque aderem à paralisação

De acordo com o sindicato da categoria, 50% dos servidores da agência estão em greve e 9% dos funcionários do CDD aderiram ao movimento

Funcionários dos Correios de Brusque aderem à paralisação

De acordo com o sindicato da categoria, 50% dos servidores da agência estão em greve e 9% dos funcionários do CDD aderiram ao movimento

Os trabalhadores dos Correios de Santa Catarina entraram em greve na noite de terça-feira, 19, por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC), a paralisação é, principalmente, contra o corte de direitos.

Em Brusque, alguns trabalhadores da agência dos Correios e do Centro de Distribuição Domiciliária (CDD) aderiram ao movimento nesta quarta-feira, 20. De acordo com o carteiro e dirigente da pasta jurídica do Sintect, Robson Paladini, em torno de 50% dos servidores da agência cruzaram os braços no município e outros 9% dos trabalhadores do CDD. “Hoje a agência tem cerca de oito trabalhadores e mais 40 no CDD”, diz.

Em Guabiruba e Botuverá ainda não houve adesão à paralisação. Paladini afirma que os servidores dos dois municípios estão aguardando a repercussão do movimento nacionalmente antes de paralisarem suas atividades.

“A tendência é aumentar a adesão conforme as outras localidades. No primeiro dia fica sempre um esperando pelo outro, mas provavelmente eles devem aderir à paralisação nos próximos dias”.

Paladini explica que a decisão de paralisar as atividades foi a forma que os servidores encontraram para tentar melhorar suas condições de trabalho.

“A paralisação é contra o arrocho que estamos sofrendo, com sobrecarga de trabalho, falta de concurso público desde 2011, e falta de segurança nas agências que são bancos postais”.

Além disso, os trabalhadores são contra a mudança da data-base da categoria de agosto para dezembro. “Em 3 de novembro entra em vigor a nova lei trabalhista e eles querem mudar nossa data-base para nos enquadrar já na nova lei. Desde julho a empresa está ciente da nossa reivindicação e não apresentou proposta. Se for para dezembro, vão retirar nossos direitos”.

O carteiro também orienta a população a entrar com reclamações formais no Procon da cidade caso haja a entrega de correspondências atrasadas.

“Várias cidades do estado conseguiram audiências públicas com o superintendente dos Correios que foi intimado a prestar esclarecimentos sobre o sucateamento da empresa. A culpa pela má qualidade do serviço não é do carteiro, é do governo federal, que não faz concurso público”.

De acordo com ele, somente no CDD de Brusque, a defasagem de carteiros é de 12 profissionais.

Paralisação não afeta atendimentos
Na tarde desta quarta-feira, a assessoria de imprensa dos Correios enviou uma nota oficial sobre a paralisação iniciada na terça-feira. De acordo com a empresa, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento, estão abertas e todos os serviços estão disponíveis.

Segundo a nota, nesses locais a empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população.

Os Correios informam que o movimento está concentrado na área de distribuição — levantamento parcial realizado na manhã de ontem mostra que 93,17% do efetivo total dos Correios no Brasil estão presentes e trabalhando — o que corresponde a 101.161 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença.

Em Santa Catarina, 96,08% do efetivo estão presentes e trabalhando – o que corresponde a 3.752 empregados.

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