Governador abre contas do estado para investigações da operação Alcatraz
Limpo
Quem não deve não teme, diz o adágio popular. Que se aplica no momento ao governador Carlos Moisés ao abrir as portas do governo, literalmente, para que as autoridades policiais investiguem o que for preciso sobre a operação Alcatraz.
Fora do tom
Causa estranheza que entidades organizadas e verdadeiramente influentes no estado, como as associações comerciais e industriais de Florianópolis e Joinville, venham a público manifestar apoio ao projeto do governador Carlos Moisés de redução do duodécimo ao Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas, Ministério Público e Udesc, mas quem está acima delas (Facisc e Fiesc) preferem, por enquanto, um perturbador e comprometedor silêncio.
Inutilidade
Casos como o da Ponte Hercílio Luz e o agora mais recente da operação Alcatraz colocam em xeque a eficiência de uma estrutura que é muita cara a todos os catarinenses, o Tribunal de Contas. Que, afinal, existe para fiscalizar e apontar o que há de errado na área pública. Como tais desvios passam incólumes pelo TCE? Para o contribuinte, que entrega 1,66% da receita líquida de SC por ano para pagar a cara manutenção daquela corte, fica a indisfarçável sensação de que se banca uma inutilidade, perfeitamente contornável com outras soluções administrativas dentro da própria estrutura do governo. Custaria muito menos e toda a fortuna gasta para bancar o órgão poderia ser melhor aplicada em prioridades tão extremas hoje, como as que exigem a saúde, segurança, educação…
Pavor
É assustador saber que foi necessário um esforço extraordinário, quase desesperado, anteontem, para que houvesse quórum no Senado e assim deliberar sobre medida provisória que autoriza um pente-fino em benefícios do INSS. Caso contrária caducaria e nada poderia se fazer. A medida permitirá uma economia de quase R$ 10 bilhões, que hoje estão sendo pagos indevidamente, e para quem não merece ou não tem direito. Falcatrua, da grossa, afinal.
Contra fraudes
Equipes da Casa Civil, Secretaria de Estado da Fazenda e gabinete do deputado estadual Fernando Krelling iniciaram a semana discutindo projeto de lei para ampliar a fiscalização e inibir o comércio irregular de combustíveis em SC. O secretário-adjunto da Casa Civil, Matheus Hoffmann, aponta que uma das principais fraudes é a implantação de dispositivos nas bombas que registram volume superior ao fornecido. A proposta é endurecer punições aos postos que cometerem o delito. Merecem ter sua licença confiscada, temporária ou definitivamente. No mínimo. Além de cadeia.
Memória
O mais célebre paisagista brasileiro, Roberto Burle Marx, morreu há 25 anos, dia 4 de junho de 1994, sem que ninguém lembrasse dele em SC, onde tem suas belas marcas. Levam sua assinatura os jardins do campus da UFSC e o imenso (ou o que resta dele, de tão desfigurado que foi até agora) Aterro da Baía Sul, ambos em Florianópolis.
Mundo pequeno
A Justiça do Trabalho de SC manteve a dispensa por justa causa de empregado de Joinville que faltou ao serviço, com atestado médico falso, alegando sentir “fortes dores no pé”, e no mesmo dia foi visto na festa típica Stammtisch, em Blumenau. Passou recibo ao postar foto em rede social no mesmo dia, de pé e em trajes típicos.
Rodovias
Serão lançadas hoje no Congresso Nacional as frentes parlamentares mistas pela Conclusão das BRs 470 e 285. A 470 tem 470 km de extensão e liga Navegantes (SC) e Camaquã (RS). Já a 285 faz a ligação entre os município de São José dos Ausentes (RS) e SC.
Férias-trabalho
Está em análise no Senado projeto em que o senador Esperidião Amin (PP-SC) é relator, que permite a concessão mútua de vistos de trabalho para jovens entre 18 e 30 anos, com um ano de duração, entre o Brasil e a Alemanha, através de acordo entre seus governos. O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e, após a análise da Comissão de Relações Exteriores, seguirá ao plenário do Senado.
Quizilas
Não custa lembrar porque há mais de duas milhões de ações para julgar no Judiciário de SC. Na 4ª Câmara Criminal do TJ-SC negou-se, anteontem, pedido de absolvição de um homem condenado por furtar um curió de alto valor comercial. O animal era mantido em viveiro nos fundos do terreno de uma empresa no sul do Estado. Um juiz de paz não poderia resolver tal miudeza? Em outro processo, uma loja foi merecidamente condenada por identificar adolescente como “Carade Kenga”.