Governo Bolsonaro é bem avaliado por lideranças da região de Brusque

Entendimento majoritário é de que ele tem intenções positivas para o país

Governo Bolsonaro é bem avaliado por lideranças da região de Brusque

Entendimento majoritário é de que ele tem intenções positivas para o país

Os líderes políticos e empresariais da região de Brusque avaliam positivamente o primeiro semestre de Jair Bolsonaro na presidência da República. O entendimento majoritário deles é de que ele tem boas intenções, mas têm dificuldades de implantá-las.

Bolsonaro terminou o primeiro semestre com um histórico de altos e baixos. Do ponto de vista estritamente de sua gestão, as principais pautas se arrastaram por meses.

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A reforma da Previdência, que é apontada como fundamental pelo governo, não saiu no primeiro semestre. Foi votada somente nesta quarta-feira, 10, após o governo liberar mais de R$ 1,5 bilhão em emendas parlamentares. 

Serão votados ainda os destaques à reforma da Previdência, o que pode demorar na Câmara. Depois, a matéria seguirá para o Senado.

Outras pautas importantes para Bolsonaro não avançaram, como a reforma tributária. Além disso, o PSL e a gestão dele foram atingidos por uma sucessão de escândalos.

A pesquisa Datafolha divulgada no dia 8 deste mês mostrou que ele obteve apenas 33% de ótimo/bom, pior índice para um presidente em primeiro mandato desde o governo Fernando Collor, em 1990.

Avaliação política
O prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, declarou apoio a Bolsonaro durante a eleição em 2018. Ele mantém o otimismo em relação ao agora presidente.

Nene isenta Bolsonaro por algumas pautas não terem avançado. Ele avalia que o Congresso Nacional é o responsável pelos entraves.

“Acho que o Bolsonaro está bem, mas sempre tem o problema que é o sistema”, afirma. Ele avalia que tem deputados que “são contra por ser contra”.

Nene acredita que o presidente e o ministro da Economia, Paulo Guedes, cumprirão a promessa feita durante encontro com prefeitos. “O que acredito e espero é que aprove a mudança do pacto federativo”.

O pacto federativo é a divisão das receitas entre município, estado e União. Hoje, a maior parte fica no âmbito federal. A proposta é que essa lógica seja invertida, pois os municípios são responsáveis por muitos serviços públicos.

Matias Kohler, prefeito de Guabiruba,  considera que o Congresso está “engessado”. “O governo é positivo em propor, mas infrutífero em função de um Congresso Nacional que se acha dono do país”.

Kohler afirma que todos os partidos, de direita e esquerda, estão “nesse pacote” de deputados que se comportam como “donos do país”. O prefeito também acredita que o governo está com dificuldades na sua articulação.

“É um governo que ainda está procurando o seu lugar”, declara o prefeito guabirubense.

O vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi, avalia que Bolsonaro faz o que prometeu. “Uma articulação melhor poderia resolver, mas em campanha ele sempre falou que não faria concessões”.

Vequi analisa que a base do governo na Câmara e Senado ainda é frágil. Político experiente, o vice-prefeito diz que o Congresso faz “tudo a seu tempo” e conforme as negociações.

O vice diz que o presidente tem dificuldades porque tenta mudar uma cultura que impera há anos no Congresso. “Alguns problemas aconteceram, o que é normal. Mas acredito que o primeiro semestre é positivo, ele está tentando mudar as coisas num sentido mais concreto”.

Em termos de recursos, no entanto, quase nada mudou. Vequi afirma que o poder público está a colocar a casa em ordem neste momento.

Avaliação econômica
O presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Halisson Habitzreuter, avalia positivamente o início do governo Bolsonaro. “Não está sendo fácil para ele administrar o país, com os problemas que ele herdou”.

O empresário afirma que o presidente coloca o país na direção correta. Ele defende as reformas previdenciária e tributária e a redução da “gigantesca burocracia”.

Habitzreuter também critica quem problematiza a articulação do governo no Congresso Nacional. Ele diz que a “negociação” que parte da mídia e das pessoas cobra é o velho toma lá dá cá. “Não adianta dizer que quer mudança e quando ela acontece, criticar”.

O presidente da Acibr elogia o acordo entre Mercosul e União Europeia, oficializado neste mês. Ele vê com bons olhos a aproximação com os europeus e “países realmente desenvolvidos, como os Estado Unidos”.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Fabrício Zen, mantém o otimismo com o presidente. “Estamos otimistas com a gestão do presidente Bolsonaro, apesar das dificuldades que o governo tem encontrado em aprovar as reformas tão importantes para o nosso país”.

Entretanto, o empresário critica a Câmara e o Senado. “Continuamos acreditando no Brasil, aguardamos os desdobramentos e lamentamos que algumas frentes do poder Legislativo federal não estão pensando no coletivo da mesma maneira que o Executivo está”.

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O coordenador do Fórum Sindical de Brusque, Jean Dalmolin, é mais crítico ao governo. “Seis meses é cedo para avaliar uma mudança de governo, mas está acontecendo o que prevíamos: o fim do Ministério do Trabalho e a urgência em aprovar a reforma previdenciária sem debate”.

O sindicalista diz que o crescimento econômico é importante e, evidentemente, reflete-se em empresas melhores, mas há de se ponderar as medidas adotadas.

Dalmolin diz que, seis meses depois, continua a instabilidade e o desemprego no país. Para o coordenador, a região de Brusque é privilegiada, por isso não sofre tanto com os reflexos do governo como noutros estados.

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