Governo estuda fim da obrigatoriedade da atuação de frentistas nos postos

Sucesso do autoatendimento em outros países é visto com desconfiança por empresários da região

Governo estuda fim da obrigatoriedade da atuação de frentistas nos postos

Sucesso do autoatendimento em outros países é visto com desconfiança por empresários da região

Comuns nos Estados Unidos e em alguns países europeus, os postos self-service, em português, autosserviço, podem ser autorizados no Brasil. A medida visa reduzir custos com mão de obra, mas o seu sucesso entre os brusquenses é visto com desconfiança.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Petróleo (ANP) criaram um grupo de trabalho para discutir mudanças no mercado de combustíveis. Uma delas seria o fim da proteção à profissão de frentista.

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Instituída em 2000 pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, a norma proíbe o funcionamento de bombas de autosserviço no Brasil, sob pena de aplicação de multa.

Consultados por O Município,  pessoas do ramo de postos da região de Brusque acreditam que este modelo de autosserviço “dificilmente pega no Brasil”. Algumas empresas já tentaram no passado, mas sem sucesso.

Um empresário dono de três postos em Brusque diz que o novo modelo seria bom no sentido de baratear os custos para as empresas. Ele avalia que isso significaria, também, em redução de valores no valor dos combustíveis para o consumidor final.

Outro empresário ouvido diz que a mão de obra representa o maior custo para manter um posto. O pagamento de salários e os tributos consomem boa parte do faturamento bruto.

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Ainda que seja benéfico e que signifique combustíveis mais baratos, os empresários e um gerente de uma rede de postos acreditam que é difícil de o modelo de autosserviço fazer sucesso entre os brasileiros.

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Com experiência, eles dizem que os consumidores não costumam ter paciência para serem atendidos. Um deles conta que algumas pessoas não aguentam nem esperar poucos minutos numa fila e vão embora.

O entendimento em geral é de que os brasileiros e os moradores da região não são propensos a se adaptar ao modelo que exige mais da parte deles. Um empresário avalia que os clientes não se incomodam em abastecer eles mesmos os carros quando viajam, mas em casa a história é diferente.

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