José Francisco dos Santos

Mestre e doutor em Filosofia pela PUC/SP, é professor na Faculdade São Luiz e Unifebe, em Brusque e Faculdade Sinergia, em Navegantes/SC e funcionário do TJSC, lotado no Forum de Itajaí/SC.

A grande jogada de Jean Willys

José Francisco dos Santos

Mestre e doutor em Filosofia pela PUC/SP, é professor na Faculdade São Luiz e Unifebe, em Brusque e Faculdade Sinergia, em Navegantes/SC e funcionário do TJSC, lotado no Forum de Itajaí/SC.

A grande jogada de Jean Willys

José Francisco dos Santos

Um dos fatos surpreendentes dos últimos dias foi a atitude do deputado federal Jean Willys, símbolo do movimento LGBT e toda a pauta de gênero no Congresso Nacional. Reeleito com pouquíssimos votos (só conseguiu a vaga pela legenda), Jean renunciou antes de tomar posse. Alega que está recebendo ameaças de morte e, portanto, vai se “asilar” na Espanha. Sua atitude, se levada a sério, dá a entender que o Brasil se tornou um lugar perigoso para os opositores do governo, manchando a imagem do país. Reforça a ideia de que os homossexuais sofrem grave discriminação e violência por aqui, discurso muito utilizado para fundamentar a difusão da ideologia de gênero nas escolas.

O Brasil é um país extremamente violento, com cerca de cinquenta mil assassinatos por ano. Nos Estados Unidos, que tem quase o dobro da população, e onde o porte de armas é facilitado, o número não chega a vinte mil. Pois bem, no meio de tanta gente assassinada, claro que há também homossexuais, travestis, prostitutas. O leitor pode analisar ao seu redor, e muito raramente vai se lembrar de algum caso de violência desse tipo. Os homossexuais estão por todos os lados. Vivem e trabalham conosco, frequentam os mesmos ambientes. Com exceção de algum caso muito raro, usufruem de todos os direitos e sofrem das mesmas agruras que qualquer cidadão sofre.

Aliás, por falar em violência, o caso mais escabroso foi a própria tentativa de assassinato do então candidato à presidência, que ainda vive com as sequelas da facada que levou de um militante esquerdista. Um vídeo recente mostra que Adélio, o criminoso, estava com um grupo no dia do crime, mas ninguém está falando sobre isso na mídia. Ou seja, há ameaças e concretizações de ameaças para todos os “gêneros”. Aliás, o próprio Jean Willys já havia cuspido em Bolsonaro numa sessão da Câmara.

Por essas e outras, percebi que havia um ar de “cascata” na renúncia de Willys. Fiquei mais convencido depois de ouvir o youtuber Caio Coppolla, num dos seus debates na Jovem Pan (o vídeo está circulando). Reproduzo aqui o argumento de Coppolla, que deixou absolutamente calados os que debatiam com ele sobre o assunto. Vamos lá, então.

Willys está nitidamente em baixa, não só pela sua inexpressiva votação, mas também pela nova configuração da Câmara dos Deputados, arredia a suas ideias. Com sua saída, assume a vaga David Miranda, que vive em união homossexual com Glenn Greenwald, jornalista da CNN e ativista da esquerda internacional. Ou seja, sangue novo para a “causa” e visibilidade externa. Além do mais, Willys, no status de “refugiado” (como se fosse um venezuelano), e apoiado pela imprensa vermelha internacional, se torna uma vítima perfeita no exterior, já que, por aqui, está decadente. E a narrativa da perseguição “nazista” ganha um novo ingrediente.

Não parece que tem mosquito nesse angu?

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