The Handmaid’s Tale é uma série meio complicada. Não só porque ela é bastante pesada e nos coloca para pensar (e sentir!) a cada cena, como por não estar muito facilmente disponível. Apenas entrou na programação de um canal por assinatura no Brasil em março deste ano, ou seja, praticamente um ano depois de sua estreia no serviço de streaming Hulu (que quase ninguém assina, por aqui) e muitos meses depois de ter sido reconhecida por vários prêmios e críticas sempre positivas.

Em nome da honestidade, admitamos: quem ama e acompanha a série dificilmente escapa de caçar cada episódio em “serviços alternativos” ou blogs que permitem baixar filmes e séries. É triste. Especialmente porque a série é realmente tudo o que se diz dela. Uma grande adaptação de um livro de sucesso dos anos 80, escrito pela autora canadense Margaret Atwood e já até adaptado para o cinema em 1990 – com Faye Dunaway, Robert Duvall, Aidan Quinn, Elizabeth McGovern (sim, a condessa de Downton Abbey) e Natasha Richardson como Offred. Recebeu, no Brasil, o nome de A Decadência de uma Espécie. 

A segunda temporada, que termina, com seu 13º episódio, na próxima quarta-feira, vai além da história contada no livro e nos mostra mais sobre a ditadura fundamentalista religiosa que rachou os Estados Unidos, na distopia – nada distante e muito possível de nos atingir a qualquer momento – mostrada na série.

Enquanto seu público fiel aguarda um respiro no eterno sofrimento da protagonista vivida pela excelente Elisabeth Moss (de Mad Men), já dá uma tristeza por saber que ficaremos em pausa até a terceira temporada. Se você ainda não viu, trate de começar já. Mas nem tente fazer maratonas: um episódio por vez já é o suficiente para uma digestão, digamos assim, minimamente tranquila…