Helicóptero Arcanjo-03 foi utilizado para mais de 50 atendimentos em Brusque desde 2016

Primeira ocorrência no município com apoio aéreo aconteceu há quase três anos

Helicóptero Arcanjo-03 foi utilizado para mais de 50 atendimentos em Brusque desde 2016

Primeira ocorrência no município com apoio aéreo aconteceu há quase três anos

Em 11 de janeiro de 2016, o helicóptero Arcanjo-03 foi posto oficialmente à disposição do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar suporte aéreo a todo o Vale do Itajaí, e desde então foram 52 casos só em Brusque: o primeiro em 26 de janeiro de 2016, o último em 27 de outubro de 2018.

A aeronave está baseada em Blumenau, mas se transfere para Balneário Camboriú durante a Operação Veraneio, que promove a otimização das atividades de polícias e bombeiros no litoral catarinense.

O serviço atende todo tipo de ocorrência de resgate, desde acidentes de trânsito em geral, afogamentos e quedas de altura. É uma parceria entre Samu, com o serviço dos médicos e enfermeiros, e o Corpo de Bombeiros, responsável pelos tripulantes.

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Em Brusque, os casos mais comuns foram paradas cardiorrespiratória (14 – 27% do total) e os casos clínicos e transportes aeromédicos (23% – 12 cada). Até 31 de outubro de 2018, foram 16 atendimentos no ano. Em 2017, foram 19, e em 2016, 17. O acionamento é feito pela própria equipe de bombeiros ou do Samu, pelo 193 ou pelo 192.

“Antes de o Arcanjo ser acionado, é feita uma triagem a partir da descrição da ocorrência, da distância ao local e da situação de outras viaturas. É um processo complexo, mas rápido”, explica o comandante do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros, primeiro-tenente Leandro Emmanuelli.

“O raio de atuação depende da ocorrência. Temos que ser rápidos, numa parada cardiorrespiratória distante, por exemplo, podemos acabar chegando tarde demais, algo diferente de um grave acidente de trânsito nas proximidades. Depende muito do estado da vítima e do tempo necessário para chegar ao local. A princípio, a cobertura é de todo o Vale do Itajaí”, ressalta.

Por vezes, pela descrição da ocorrência por pessoas leigas e pela tensão do caso, é possível que o Arcanjo acabe sendo acionado e, quando a equipe chega ao local, se constate que não havia a necessidade. “Temos que considerar o pior cenário. Melhor acionar recursos além do necessário do que aquém, pois é uma vida que pode ser perdida. Houve ocorrências em que se acreditava que a vítima tinha um infarto, mas era uma dor muito menos grave. Só se descobre a real gravidade chegando ao local.”

O Arcanjo-03 é uma unidade avançada de atendimento do Samu com velocidade e tempo-resposta mais avançados do que os de qualquer viatura terrestre. De acordo com Emmanuelli, a equipe leva de sete a oito minutos para chegar aos locais das maiorias das ocorrências. No entanto, ressalta a imprevisão do dado, porque casos mais distantes irão requerer, evidentemente, mais tempo.

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A aeronave funciona como o pronto socorro de um hospital que é levado onde as vítimas estão, com todos os equipamentos e características para um atendimento avançado. Dependendo da ocorrência, são levados dentro do helicóptero materiais específicos de apoio ou resgate, como cestos de salvamento para uso em locais de difícil acesso e o puçá (espécie de rede) para resgate de várias vítimas de afogamentos. Também podem ser utilizados cestos com grandes quantidades de água para apoio em incêndio e cabos de rapel para resgates de quedas de alturas.

Hiato
Em 25 de abril de 2016, um acidente deixou o Arcanjo-03 parcialmente destruído no Aeródromo de Piraquara (SISY), em Curitiba. Durante os procedimentos de decolagem, houve uma perda de controle e ocorreu uma queda, a poucos metros do chão. A aeronave estava no estado vizinho para uma manutenção rotineira. Não houve feridos. Semanas depois, o helicóptero voltou aos atendimentos.

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