A história se repete: relembre outros incidentes envolvendo pontes em Brusque

Em 1980, ponte Irineu Bornhausen caiu sobre o leito do rio Itajaí-Mirim

A história se repete: relembre outros incidentes envolvendo pontes em Brusque

Em 1980, ponte Irineu Bornhausen caiu sobre o leito do rio Itajaí-Mirim

Nesta quarta-feira, 21 de abril, a cabeceira da ponte João Libério Benvenutti, conhecida como ponte Santos Dumont, desabou em Brusque. Uma das principais pontes do município agora está interditada e sem tempo determinado para reabertura.

No momento do rompimento de parte da estrutura, três carros que transitavam por ela caíram. Porém, ninguém se feriu. O incidente gerou apenas danos materiais.

Esta não é a primeira vez que Brusque passa por problemas relacionados à pontes. Fatos históricos e passados recentes marcam a história do município e são lembrados até os dias atuais.

Além da ponte Santa Dumont, incidentes também já ocorreram com a antiga ponte Irineu Bornhausen, com a ponte Arthur Schlosser, próxima ao terminal, e com a ponte Mário Olinger, próxima ao Corpo de Bombeiros.

Foto: Bárbara Sales

Marcado na história

Um dos fatos mais lembrados por brusquenses que viveram na década de 80 é a queda da ponte Irineu Bornhausen. Às 15h30 de sexta-feira, 8 de agosto de 1980, a principal ponte da cidade desabou sobre o leito do rio Itajaí-Mirim.

Ao todo, 13 veículos trafegavam sobre a estrutura no momento da queda. Apesar do susto, ninguém morreu.

A ponte foi construída com objetivo suprir o aumento da demanda comercial, pois os antigos comerciantes precisavam atravessar de barco as mercadorias.

Após a queda, por ser um meio de ligação entre os dois pontos centrais da cidade, o trânsito de Brusque foi prejudicado.

Foto: Acervo Érico Zendron

O incidente ganhou destaque na época e foi manchete de diversos jornais. Antes da ponte cair, o estadunidense James Thomas Crews tentou alertar o então prefeito Alexandre Merico sobre possibilidade do desabamento. Porém, ninguém deu ouvidos a ele.

“Quando eu andei uns 10 metros em cima da ponte, ouvi um estalo, uma rachadura. Eu estava a pé e senti que a ponte desceu. Naquela hora, não tinha nenhum carro em cima, apenas uma senhora com uma criança no outro lado da ponte. Ela também escutou e saiu correndo”, contou Crews em entrevista ao jornal O Município, em 2020.

Após o fato histórico, a ponte Irineu Bornhausen foi substituída pela ponte estaiada Irineu Bornhausen, a atual.

Alguns meses depois

O que no início da década de 80 já parecia ruim, ficou pior para o trânsito de Brusque. Em fevereiro de 1981 foi a vez da ponte Mário Olinger desabar parcialmente. Com mais uma ponte interditada, o trânsito da cidade ficou caótico.

Em matéria publicada no jornal O Município à época, após a queda da ponte Irineu Bornhausen a Prefeitura de Brusque realizou uma perícia que também apontava a possibilidade de queda da ponte Mário Olinger. Assim, ela foi interditada com antecedência e apenas veículos pequenos poderiam atravessar.

Foto: Acervo Érico Zendron

Porém, as pessoas não respeitaram as determinações da prefeitura e até veículos pesados, como caminhões, passavam sobre a ponte, forçando a interdição total. No dia 3 de fevereiro de 1981 parte da ponte Mário Olinger cedeu.

Com um transito caótico, a solução encontrada foi substituir a ponte Mário Olinger por uma ponte metálica. De acordo com o jornal O Município à época, a montagem da nova estrutura custou cerca de R$ 200 mil aos cofres públicos.

Foto: Reprodução

Passado mais recente

Com a queda da cabeceira da ponte Santos Dumont, o prefeito Ari Vequi presencia, pela segunda vez, mais um problema envolvendo pontes em sua gestão na prefeitura. Em 2017, como vice-prefeito de Brusque, Vequi e o ex-prefeito Jonas Paegle passaram por um problema semelhante também no início do mandato.

Após um período de chuvas, um dos pilares da ponte Arthur Schlosser rompeu, forçando a interdição total. O mais recente episódio de problemas com as principais pontes da cidade voltou a prejudicar o trânsito de Brusque.

A rachadura foi registrada no dia 1° de junho de 2017 e, após três meses, o tráfego na metade da via foi liberado, no dia 2 de setembro. A liberação do trânsito foi acompanhada pelo prefeito e vice de Brusque, além de secretários e vereadores, o que gerou polêmica por ser lembrado como “inauguração de meia ponte”.

Foto: Daiane Benso

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