Homem é condenado a mais de 36 anos de prisão por matar jovem em Guabiruba

Luciano Barbosa Santos matou, com um tiro na cabeça, Ian Fernandes Farias Nascimento em 2018

Homem é condenado a mais de 36 anos de prisão por matar jovem em Guabiruba

Luciano Barbosa Santos matou, com um tiro na cabeça, Ian Fernandes Farias Nascimento em 2018

Nesta sexta-feira, 16, após júri popular em Brusque, Luciano Barbosa Santos foi condenado a mais de 36 anos de prisão, em regime inicial fechado, por homicídio duplamente qualificado em Guabiruba.

Conhecido como “Negão 157”, “Negão”, “Lu”, ou “Baiano”, deu um tiro na cabeça de Ian Fernandes Farias Nascimento, de 19 anos, em 24 de novembro de 2018. O jovem morreu dois dias após o crime, no Hospital Azambuja. De acordo com a investigação, o crime teria sido motivado por possível desentendimento em organização criminosa, relacionada ao tráfico de drogas.

Luciano foi condenado ao crime de homicídio duplamente qualificado, pelo motivo fútil e por impossibilitar a defesa da vítima. Também, pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico com envolvimento de adolescente e de integrar organização criminosa armada.

O total da pena foi de 36 anos, cinco meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado. Além disso, foi condenado ao pagamento de um R$ 1.774 dias-multa, no valor de um trigésimo do salário mínimo vigente à época do crime, por cada dia multa.

Ainda, ele teve o direito de recorrer em liberdade negado, mantendo-se a prisão preventiva que já foi decretada.

Entenda o caso

No dia 24 de novembro de 2018, um sábado, por volta das 16h, Ian estava em casa junto da companheira, na rua Cristiano Albert, no Holstein, em Guabiruba.

De acordo com o processo, Luciano chegou na casa da vítima já com propósito de matá-lo. Isto, após um desentendimento na facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Além de supor que Ian, seu afilhado na organização, poderia tramar algo contra ele devido à dívida de drogas que detinha com outros integrantes.

Segundo a investigação, Luciano entrou no quarto, encontrou companheira de Ian dobrando algumas roupas e o jovem sentado na cama. Este manuseava um revólver, marca Rossi, calibre 32, que ele possuía.

Após isso, Luciano se sentou ao lado de Ian e pediu para ele lhe entregasse a arma de fogo. Em seguida, ao pegá-la das mãos de Ian, sem ao menos falar qualquer palavra, Luciano mirou rapidamente na testa da vítima e disparou à queima roupa. Ele chegou a ser levado ao Hospital Azambuja, mas morreu no dia 26 de novembro.

Envolvimento com o tráfico de drogas

Depois que polícia deteve e conduziu o Luciano até a Delegacia de Polícia, os policiais receberam informações de que na residência havia droga escondida.

Por este motivo, fizeram uma diligência no local e apreenderam 145 pedras de crack, com peso aproximado de 31,2 g; um torrão de maconha, pesando cerca de 29,8 g; dois cadernos contendo anotações do tráfico de drogas, incluindo uma carta; três aparelhos de telefone celular, das marcas LG e Lenovo; uma balança de precisão e uma munição deflagrada de munição calibre 32.

Segundo informações recebidas pela polícia, havia uma ligação Luciano e o Ian. Eles trabalhavam com a distribuição, guarda, armazenamento e venda de drogas na residência de Ian e companheira. Esta com apenas 17 anos de idade na época, a qual Luciano e Ian atraíram e envolveram na prática criminosa.

Com a apreensão e documentos e objetos, a investigação apontou Luciano como participante ativo do PGC com o tráfico de drogas. Sendo que o entorpecente que ele vendia pegava com os “irmãos” da facção, que era justamente com quem possuía dívidas. Situação que levou a cometer o assassinato.


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