Homicídios: confira mapeamento dos casos registrados em Brusque durante 2021

Polícia Civil divulgou levantamento dos casos

Homicídios: confira mapeamento dos casos registrados em Brusque durante 2021

Polícia Civil divulgou levantamento dos casos

A Polícia Civil, por intermédio da Divisão de Investigação Criminal de Brusque, registrou oito mortes violentas ocorridas durante 2021. Destas, seis foram classificadas como homicídio, sendo que em um deles foi verificada a ocorrência de legítima defesa.

As outras duas mortes foram classificadas como acidentais. Sendo uma delas ocorrida no mês de setembro em uma casa assistencial no Centro e uma em outubro em um apartamento no Cedrinho.

De acordo com a Polícia Civil, 66% dos homicídios ocorreram no período noturno. Quatro homicídios foram praticados com uso de arma branca. Contudo, a polícia destaca que todos os seis homicídios que aconteceram durante o ano foram esclarecidos. De acordo com o delegado Alex Bonfim Reis, os números mostram que nenhum crime desta natureza fica impune quando cometido na cidade.

A Polícia Civil aponta que a taxa de homicídios de Brusque em 2021 foi de 4,34 para cada 100 mil habitantes. Em comparação, a taxa estadual é de 8,8 e a nacional 27,8. Portanto, o município figura entre os mais seguros do Brasil.

Conforme a polícia, a Divisão Investigação Criminal tramitou 16 procedimentos policiais relacionados a mortes violentas no decorrer do ano de 2021, sendo nove deles tratados como tentativa de homicídio.

A polícia ressalta que, mesmo nos casos de prisão em flagrante, há a instauração de procedimento policial ou realização de diligências subsequentes para apurar as circunstâncias, envolvimento de outras pessoas ou os motivos que levaram ao cometimento do crime.

Trabalho da investigação

Para o delegado Alex, os crimes contra a vida em geral, em específico o de homicídio, são muito diferentes da investigação dos demais delitos.

“Primeiro, porque quando ele ocorre já vem com uma carga própria, uma necessidade de se ter uma resposta, é um crime que não pode ficar impune. Tem-se uma necessidade inafastável de explicar, de esclarecer o que aconteceu para a família da vítima”, conta.

Segundo Alex, outra situação muito particular deste tipo de crime é o fato de se exigir uma investigação veloz, precisa e abrangente. O delegado explica que ela exige velocidade pois muitos dos indícios e vestígios do crime de homicídio desaparecem rapidamente.

“Temos que agir com bastante celeridade na apuração. Ao mesmo tempo temos que ter precisão naquilo que estamos fazendo, porque muito daquilo que for descartado, não for observado ou não for coletado no primeiro momento, depois pode se perder e pode fazer diferença no final para a solução do caso”, continua

Conforme o delegado, o trabalho é colher o máximo possível de elementos no início das investigações. Para esclarecer os fatos, muitas vezes depende de um conhecimento muito particular da vítima. “Então, há uma necessidade de se conversar com a família, os amigos, vizinhos, para entender todo o antecedente desta vítima. O histórico daquela pessoa”, explica.

O delegado aponta que as informações dadas pela população, que é comum acontecer em Brusque, são importantes para a apuração. Alex relaciona a alta contribuição da comunidade com a confiança no trabalho da investigação e também no sigilo e segurança garantidos pela Polícia Civil.

“Todas as informações são muito importantes, elas fazem parte de um quebra-cabeça que no final se apresentam como um todo. Então, muitas vezes as provas testemunhais, o histórico, as informações de populares são fundamentais”, ressalta. “Isso é uma resposta, um recado aos criminosos e, no mínimo, um dever cívico aos parentes e entes queridos da vítima”, completa.

Homicídios


Data: 1° de janeiro
Onde: rua Irmã Josefina, no bairro Dom Joaquim
Vítima: Antonio Carlos Silva Nascimento, de 23 anos
Autor(es): identidade não divulgada pela polícia
Sobre o caso: a vítima, que era enteada do acusado, foi esfaqueada. Segundo a Polícia Militar, Antônio morreu após desentendimento com o padrasto.


Data: 9 de janeiro
Onde: rua SL 31, no Santa Luzia
Vítima: Marlon Fabrício Paulo, de 35 anos
Autor(es): cunhada da vítima, não identificada pela polícia
Sobre o caso (investigação): segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu após uma discussão e agressão com faca.


Data: 10 de abril
Onde: rua José Debatin, no Águas Claras
Vítima: Jailson Lopes Lima, de 30 anos
Autor(es): identidade não divulgada pela polícia
Sobre o caso (investigação): segundo a Polícia Civil, a morte aconteceu em ação de legítima defesa de terceiro. Ele morreu após invadir a casa da ex-esposa e tentar agredi-la, colegas da mulher foram ajudá-la e um deles entrou em luta corporal com Jailson, o dominando e aplicando um golpe conhecido como “mata-leão”.


Data: 20 de maio
Onde: rua Pedro Fantone, no Bateas
Vítima: homem de 53 anos, identidade não divulgada pela polícia
Autor(es): adolescente de 14 anos, identidade não divulgada pela polícia
Sobre o caso (investigação): a vítima, que era pai do autor, foi baleado na cabeça pelo filho após uma discussão.


Data: 1º de outubro
Onde: empresa têxtil, localizada no Centro, rua não informada
Vítima: Jefferson Souza Nascimento, de 24 anos
Autor(es): identidade não divulgada pela polícia
Sobre o caso (investigação): a vítima foi esfaqueada após uma discussão na saída de uma empresa.


Data: 9 de outubro
Onde: rua Florêncio Day, no Azambuja.
Vítima: Marcelo Felipe Ferreira de Camargo, de 28 anos
Autor(es): um homem de 22 anos, que atuou junto de uma adolescente de 17, as identidades não foram divulgadas pela polícia
Sobre o caso (investigação): vítima foi esfaqueada. O autor do crime disse para a Polícia Militar que Marcelo tentou agarrar uma adolescente e invadiu a casa dele.

Confira mapeamento dos casos de homicídio em 2021


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