A tecnologia de impressão 3D de produtos tem buscado revolucionar as empresas brasileiras nos últimos anos. Os benefícios do uso do equipamento são comprovados por meio da diminuição de custos de desenvolvimento e até mesmo tempo de produção de projetos.

Nesta quinta-feira, 14, o palestrante Rodrigo Marin, diretor comercial da empresa Wishbox, de Balneário Camboriú, abordará o tema “O impacto da impressão 3D no desenvolvimento de projetos”, na Fairtec.

Marin explica que o objetivo da empresa é mostrar os avanços da área aos empresários com intuito de ajudá-los a melhorar o desenvolvimento de seus produtos, com padrões de qualidade internacionais. “Quando a indústria evolui, quem sai ganhando não é apenas o empresário, mas toda a sociedade”, garante.

A empresa trabalha com venda de impressoras 3D e disponibiliza aos clientes as duas marcas mais fortes do mundo, uma norte-americana e uma holandesa. Segundo o palestrante, as impressoras são utilizadas para diversas áreas do mercado, como culinária, moda, medicina, odontologia, joalheria, calçados e também para a engenharia.

Com o equipamento, é possível desenvolver mockup – protótipo – para testes volumétricos, funcionais, ergométricos e de encaixe. Ou seja, é possível testar o próprio projeto antes de passar para uma próxima fase.

As impressoras 3D possibilitam a impressão de produtos de diversos tamanhos. “É possível imprimir, de maneira modular, por exemplo, um avião, apesar de que não valeria a pena, claro”, diz. As impressões, dependendo do tamanho, podem demorar de 20 minutos até uma semana para ficarem prontas.

Marin revela que um cliente relatou que utiliza a máquina principalmente para corrigir os modelos antes da construção dos moldes. Com isso, diminuiu o tempo de desenvolvimento, pois consequentemente, diminuiu a quantidade de correções. “Um projeto que demorava dez meses para ficar pronto, hoje é concluído em seis meses”, diz.

Arquivo Pessoal

Adesão
Mesmo sendo a tecnologia do futuro e que já tem auxiliado diversas empresas, Marin afirma que a adesão ainda é baixa. “Não é nem pela questão financeira, mas cultural do brasileiro. Digo que é até mesmo preguiça de experimentar o novo, de mudança”, analisa.

Por isso, o palestrante ressalta a importância de repassar conhecimento às pessoas. “A intenção na palestra será justamente abrir a mente das pessoas, fazer com que reflitam de que maneira poderão utilizar as impressoras em suas empresas”.

Áreas de utilização
A tecnologia tem auxiliado em diversas áreas. Na medicina, por exemplo, os médicos têm acelerado a recuperação de pacientes, pois as cirurgias são melhor planejadas e até mesmo guiadas por peças impressas nas impressoras 3D.

Dentistas fazem a mesma coisa. Uma parte da boca do paciente é impressa para que seja feito um estudo pré-cirúrgico. Com isso, diminui tempo de recuperação, de cirurgia e de riscos das operações.

Na área da engenharia, está sendo utilizada para diminuir custos e aumentar a velocidade de desenvolvimento de produtos. “A indústria dos inventores no Brasil tem crescido muito com as impressoras. Tem alguns públicos bem interessantes fazendo a adesão”, informa Marin.

As instituições de ensino também tem buscado inovar, como é o caso da Unifebe, que trouxe para dentro da grade curricular a impressora 3D. “A partir de agora, a instituição formará profissionais diferenciados para o mercado de trabalho”.

Materiais para impressão
Os materiais utilizados na impressora 3D são os termoplásticos, ou seja, plásticos de diversas características. Alguns com mais resistência para temperatura, água, esforço físico, além de vários tipos de borracha. “Cada aplicação que for fazer tem que pensar em que tipo de material utilizará”, complementa o palestrante.

Ele detalha que os materiais mais utilizados na impressão 3D são: PLA – Ácido polilático; ABS – derivado do petróleo; Nylon; PP – Polipropileno; PC – Poliocarbonato; e material elástico.

Mas também existem outros como carbono e materiais com cargas de madeira, bronze, cobre e condutores, nos quais é possível imprimir um circuito elétrico para fazer testes.

Investimento
Segundo Marin, existem hoje no mercado diversas máquinas e modelos. O investimento inicial para uma empresa que quer aderir à impressão 3D, fica em torno de R$ 17 mil.

Entretanto, esse valor pode aumentar, dependendo do tipo de produto que o cliente quiser. Por exemplo, uma máquina completa pode chegar ao valor de R$ 1 milhão. “O diferencial na hora de escolher é cuidar de quem fará a manutenção e o treinamento”, informa.


Serviço

Tema: O impacto da impressão 3D no desenvolvimento de projetos
Palestrante: Rodrigo Marin
Quinta-feira, 14, 19h às 20h