João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Bodas de ouro

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Bodas de ouro

João José Leal

No último sábado, dia 9, Ana Maria e eu completamos 50 anos de um feliz casamento. Durante essa longa vida conjugal, Ana Maria tem sido uma extraordinária e solidária companheira, amorosa, cheia de compreensão, de tolerância e, mais do que isso, cheia de sabedoria. Tem sido, também, um exemplo de boa Mãe para nossos filhos Cristina, Rodrigo e Paula.

Escrevi uma crônica sobre a nossa lua de mel cheia de aventuras e imprevistos. Mas, meus filhos, testemunhas oculares de nossa caminhada familiar, escreveram um discurso a seis mãos que foi lido durante o jantar familiar do sábado. E, por ser mais oportuno, resumi o texto e transcrevo abaixo:

“Quem diria que um tijucano iria laçar uma gaúcha criada no Oeste catarinense e formar uma família? Há 50 anos, nascia uma história a dois que depois se multiplicou graças ao amor, tolerância, compreensão e respeito. Nem dá para imaginar hoje como seria casar em 1971. A convivência era vigiada, o afeto, tímido. As trocas de olhares e os pequenos gestos eram os sinais da época para demonstrar o carinho e a vontade de estar juntos. O amor se desenhava nas entrelinhas e na esperança da escolha certa.

“A celebração de hoje é motivo de orgulho e de exemplo para todos nós. A bonita história de vocês, marcada de virtudes, trouxe aos mais próximos e aos mais distantes valores e ensinamentos que foram semeados, cultivados e consolidados ao longo dessa rica trajetória.

“A estreita relação com a cultura, com a arte, com as letras, com a educação e com a racionalidade da informação esteve presente na nossa vida familiar, contribuindo de modo fundamental para a nossa formação profissional e de seres humanos. Nossas memórias estão repletas de bons exemplos emanados da saudável e harmoniosa união de vocês. Reconhecer o valor de pessoas simples e anônimas, que se esforçam para criar um ambiente e um mundo melhor, foi um dos ensinamentos que moldaram as nossas existências.

“Hoje, apoiados sobre esse fator de maior razão, o tempo, somos testemunhas oculares e convictas da bela e frutífera travessia feita por vocês ao longo desse período de 50 anos de vida conjugal. Repleta de aprendizados, de ensinamentos, de constantes mudanças e evoluções, a união de vocês nos deixa um legado farto de boas ações, de generosidade e de amor ao próximo, linhas centrais para o que se busca em termos de formação como ser humano.

“Nessa data tão repleta de simbolismo, gostaríamos de renovar nossos mais puros sentimentos de admiração e de amor por vocês ao longo de tantos e tantos anos unidos pelos laços de família”.

Se esse é o testemunho de nossos filhos, fico tranquilo e certo de que a promessa de eterno Amor feita naquela noite do dia 9 de janeiro de 1971, em Chapecó, foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida.

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