João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Dia do aviador

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Dia do aviador

João José Leal

Pois é. O calendário das profissões assinala que, hoje, é o Dia do Aviador. Como na vida tudo muda, a língua escrita ou falada não foge à regra. Atualmente, esse profissional que voa nas asas de um aeroplano, é chamado de piloto de aeronaves. Aviador, como se dizia antigamente ou piloto, a verdade é que essa é uma profissão cada vez mais em evidência.

Basta levantar a cabeça e, certamente, vamos ver uma aeronave cruzando os ares. Nos céus da nossa cidade, as aeronaves comerciais voam nas alturas, acima das nuvens e nem percebemos o tráfego aéreo, que aumenta a cada dia.

Mas, como disse o Barão de Itararé, “há mais coisas no ar do que só avião de carreira”. De uns tempos para cá, helicópteros são comuns nos céus de Brusque. A toda hora, vemos esses ruidosos pássaros de hélice e lata voando para todos os lados. Pilotadas por mãos hábeis e brevetadas, essas barulhentas gaiolas voadoras levam empresários que querem evitar o inferno das congestionadas rodovias e, assim, chegar mais rápido ao destino.
Não são apenas os grandes empresários.

Viajar de avião virou sonho de consumo popular, que muita gente está realizando. Com passagens aéreas a preço de ônibus, a massificação do transporte aéreo é, hoje, uma realidade.

Tanto que os aeroportos vivem cheios e os aviões comerciais voam lotados, rumo às cidades brasileiras e ao estrangeiro, num mundo cada vez mais sem porteiras.

Em minha juventude, era diferente. Viajar de avião era privilégio de poucos e eu estava nessa minoria. Com 18 anos, graças à Força Aérea Brasileira, fiz minha primeira viagem, de Floripa a Porto Alegre, num avião do Correio Aéreo. Era preciso ir à Base Aérea e esperar a carona.

Se houvesse lugar, passageiros civis eram levados gratuitamente. E, assim, em meios às malas postais, aqueles sacos cheios de cartas comerciais com propostas de negócios, com notícias para a família e, certamente, cartas com juras e mais juras de amor de apaixonados namorados, lá fui eu conhecer a capital gaúcha.

Ainda estudante, fiz a segunda viagem. Então, já num avião de carreira da Transportes Aéreos Catarinense – TAC, num daqueles Douglas C-47, que tanto sucesso haviam feito na Segunda Guerra Mundial.

Era um voo com diversas escalas em cidades do Oeste catarinense e que me levou até Chapecó. Mais tarde, fui estudar na França. Desde então, minha vida tem sido marcada por inúmeras viagens aéreas para conhecer novos lugares e ver como vivem outras gentes. Na verdade, tenho viajado para saciar um estranho e irrefreável sentimento de curiosidade, que sempre carreguei comigo.

A esse exímio profissional que, com mãos hábeis, transporta tanta gente em segurança pelos céus deste país continental, a minha homenagem pelo Dia do Aviador.

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