Justiça autoriza uso de novo depoimento em julgamento de Sandra Maria Bernardes

Defesa da acusada pelo assassinato de Chico Wehmuth não queria a inclusão da gravação na sessão do tribunal do júri

Justiça autoriza uso de novo depoimento em julgamento de Sandra Maria Bernardes

Defesa da acusada pelo assassinato de Chico Wehmuth não queria a inclusão da gravação na sessão do tribunal do júri

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) concedeu liminar na qual autoriza o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) a utilizar uma gravação durante o julgamento de Sandra Maria Bernardes, acusada pelo assassinato do empresário Chico Wehmuth.

Essa gravação traz o depoimento de uma nova testemunha. Nesse depoimento, de acordo com o MP-SC, a testemunha, uma amiga da acusada, relata que  “ouviu da própria acusada que esta usou chumbinho para matar Amílcar” [Chico]”.

A defesa não queria a inclusão desse depoimento na sessão do tribunal do júri, tendo em vista que ele foi tomado de forma unilateral pela Promotoria, após a instrução processual. O mesmo opinou o juiz da Vara Criminal de Brusque, Edemar Leopoldo Schlösser, o qual havia determinado a exclusão do depoimento.

No entanto, o desembargador Sergio Rizelo, relator do caso no TJ-SC, afirmou, na decisão em que acolhe o recurso do Ministério Público, que é permitida a apresentação de vídeos no tribunal do júri, desde que “a prova tenha sido tempestivamente [no prazo estabelecido] trazida aos autos”.

Portanto, para o desembargador, não há justificativa para impedir o MP-SC de apresentar o vídeo no julgamento.

Entenda o caso
Há cerca de três semanas, o Ministério Público recebeu no gabinete da 4ª Promotoria de Justiça uma mulher que se identificou como amiga de Sandra Maria Bernardes, a acusada do crime. Ela procurou o MP-SC espontaneamente, de acordo com a Promotoria.

Relatou que era amiga de Sandra na época da morte de Chico Wehmuth (2014), tendo boa relação com ela. A testemunha informou que “ouviu da própria acusada que esta usou chumbinho para matar Amílcar” [Chico]”.

A testemunha disse que não entrou em contato com o Ministério Público antes porque, “quando ouviu a confissão de Sandra, acabou por seguir outro rumo, resolveu esquecer esta história que nem ao menos tinha algo haver com si”.

O depoimento foi prestado agora, conforme a testemunha, porque soube que Sandra tem planos de abrir um estabelecimento para atendimento de pacientes com problemas mentais ou comportamentais, “não tendo capacidade para tal e ainda com intenção de medicar os pacientes”.

De acordo com a mulher, seu filho é esquizofrênico e, “sabendo como a Sandra pode ser prejudicial para as famílias que já sofredoras procuram apoio em profissionais, resolveu esclarecer o que sabia”, conforme consta no relatório do Ministério Público.

 

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo