Justiça decreta falência da Yeesco, líder de reclamações no Procon de Brusque
Empresa tem uma dívida estimada em R$ 73 milhões
Empresa tem uma dívida estimada em R$ 73 milhões
O juiz Uziel Nunes de Oliveira, da Vara Regional de Falências, Recuperação Judicial e Extrajudicial de Jaraguá do Sul, decretou nesta terça-feira, 14, a falência da empresa Yeesco, de Brusque, que estava em recuperação judicial e atua no ramo de confecções.
A empresa vinha passando por grave crise financeira, e tinha dívidas estimadas em R$ 73 milhões. Além disso, é campeã de reclamações no Procon de Brusque, sempre pelo mesmo motivo: vender produtos on-line e não cumprir os prazos de entrega.
Em breve, a Justiça publicará a relação dos credores da empresa, tanto os funcionários e ex-funcionários com verbas trabalhistas a receber, quanto os fornecedores da empresa com dívidas em aberto.
Após a publicação da lista de credores, que terá um prazo para contestação e poderá sofrer ajustes, é iniciada a nova fase do processo, em que são levantados os bens e o patrimônio da empresa, que possam ser vendidos para quitar as dívidas.
Pela legislação, os créditos trabalhistas são os primeiros a receber, assim que houver dinheiro em caixa. Posteriormente são pagos os fornecedores, impostos, bancos, etc.
Ainda não há informações sobre como será feito o ressarcimento aos clientes da empresa que fizeram pedidos on-line, pagaram por eles e não receberam o produto. O Município está em contato com o administrador judicial da massa falida e atualizará essa informação assim que possível.
A empresa entrou com pedido de recuperação judicial em outubro de 2024 e apresentou um plano para pagar parceladamente as dívidas, no entanto, a proposta não foi aprovada pelos credores em assembleia. Conforme a sentença, mais de 80% dos credores rejeitou a forma de pagamento, que previa descontos e prazos alongados, de até dez anos.
O administrador judicial e o Ministério Público também consideraram inviável a proposta de pagamento feita pela Yeesco, e se manifestaram para que fosse decretada a falência da empresa e o encerramento de suas atividades, entendimento que foi acatado pelo juiz.
Apurou-se no processo que, após o pedido de recuperação judicial, a dívida da empresa aumentou em mais R$ 980 mil. Para apenas uma empresa fornecedora, a dívida é de quase R$ 40 milhões.
Para essa empresa, por exemplo, a Yeesco propôs pagar com quase 50% de desconto e parcelado em dez anos, o que foi vetado.
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