Karatê aposta em talento individual para conquistar medalha no Jasc

Elivan da Silva Almeida é a única esperança do karatê brusquense

Karatê aposta em talento individual para conquistar medalha no Jasc

Elivan da Silva Almeida é a única esperança do karatê brusquense

A boa participação do karatê brusquense nos Jogos Abertos de Santa Catarina está condicionada à aposta de medalha de um único atleta. Elivan da Silva Almeida é a única esperança de uma solitária medalha em Itajaí. Com um grupo de apenas seis atletas, dos quais três são de Joinville, não resta para Brusque algo além de um papel de coadjuvante.

A cidade sequer deve figurar na lista de classificação final da modalidade em razão da quantidade reduzida de lutadores. Além de Almeida, atleta da categoria acima de 85 quilos, Caio César Marques e Samir Schlindwein são os outros brusquenses que participam da competição. Eles competem na categoria até 65 e até 75 quilos, respectivamente.

Papel de figuração

Para brigar pelo título dos Jasc, Brusque precisaria, no mínimo, ter um plantel de cerca de 20 atletas no litoral do Estado. Necessitaria ainda, que estes tivessem nível de competitividade para brigar com cidades como Joinville e, sobretudo, Itajaí. A cidade-sede não mediu esforços para trazer os melhores competidores do país com o objetivo de faturar, em casa, o título geral da competição.

O técnico da Associação Brusquense de Karatê, Moacir Marques, responsável pela equipe que vai representar Brusque no litoral, ressalta que todos os campeões do país estão nos Jogos Abertos, os principais, competindo por Itajaí. “Com certeza, eles vão levar o caneco geral tanto no masculino quanto no feminino”, destaca.

Segundo o treinador, Brusque não pode alcançar uma boa colocação por equipes pelo fato de não competir em todos os pesos. “Tanto o kata (apresentação) quanto o kumitê (luta) somam pontos juntos. Então, dificilmente a gente consiga classificação geral”, revela.
Formação

Marques revela que para que Brusque possa sonhar com medalhas em competições de porte como os Jogos Abertos é necessário um melhor trabalho em formação. Ele comenta que vem desenvolvendo a base na cidade, mas com pouco investimento, é difícil projetar uma melhora no cenário municipal. “O que preciso é de uma formação de base em parceria com a prefeitura. É necessário reforçar o trabalho de base. Sem este trabalho não consigo formar atletas para os Jogos Abertos”, ressalta.

O treinador destaca que hoje a cidade conta com poucos atletas adultos que tenham interesse e condições de participar da competição. “Atualmente, são somente estes três que estou levando. Como é um campeonato de nível muito alto, não adianta levar atletas que disputam campeonatos estaduais ‘Série B’. É perda de tempo”.

O professor da ABK afirma que para se formar um atleta de karatê para disputar os Jogos Abertos são necessários, pelo menos, oito anos. A dificuldade é manter as eventuais promessas por tanto tempo neste projeto quando estas precisam conciliar as atividades com estudo e outros compromissos. “Crianças temos bastante, mas ainda falta recurso e infraestrutura. Estamos trabalhando em cima disso, mas com bastante dificuldade”, observa.

Atualmente, Marques tenta montar uma equipe de professores para fomentar a modalidade. Acredita que – pela quantidade de opções – consiga selecionar atletas competitivos para representar a cidade nos próximos anos.

Talento individual

Sem projeções otimistas, Brusque aposta no talento e na experiência de Elivan Almeida para sair com, ao menos, uma medalha nos Jogos Abertos de Santa Catarina. “É possível contar com um pouco de sorte também”, diz Marques, “mas as principais esperanças, de fato, estão com Elivan”. O atleta já faturou uma medalha de bronze no ano passado e vem de bons desempenhos neste ano. Somente em 2014 o lutador já conquistou quatro medalhas nos campeonatos estaduais da modalidade. “É um atleta que está há mais tempo competindo e já tem um pouco mais de experiência.

Também está numa chave que não tem tantos atletas, o que facilita de certa forma”, diz o treinador.
As projeções para Caio César Marques e Samir Schlindwein são mais modestas. “O Samir também já participou de vários Jogos Abertos, mas no peso dele tem muita gente campeã brasileira. No do Caio é a mesma coisa. É o primeiro ano dele nos Jasc. Ele completou 18 anos este ano e também vai pegar atleta campeão brasileiro”, ressalta o treinador. Brusque será representada ainda por três atletas de Joinville no kata (apresentação), mas a previsão é de que eles também fiquem fora do pódio.

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