Trio forja manutenção para furtar caixa eletrônico na Unifebe

Ação aconteceu antes da chegada dos funcionários; grupo esteve no local na terça-feira

Trio forja manutenção para furtar caixa eletrônico na Unifebe

Ação aconteceu antes da chegada dos funcionários; grupo esteve no local na terça-feira

Três homens se passaram por uma equipe de manutenção do banco Santander para tentar arrombar um caixa eletrônico dentro do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), nesta quinta-feira, 7. Com o barulho gerado na tentativa de abrir o equipamento, a Polícia Militar foi chamada, mas o grupo conseguiu fugir do local. Imagens de câmeras de monitoramento serão utilizadas para identificação dos suspeitos.

Para a fuga, eles utilizaram um Celta branco, com placas de Joinville. Dois saíram do prédio a pé e o motorista quebrou uma das cancelas do estacionamento. A ação do grupo começou por volta das 7h30, antes da chegada dos primeiros funcionários no local, e durou cerca de 40 minutos.

No momento, apenas equipes da cantina atuavam na instituição. Com as roupas indicando “manutenção”, o grupo não levantou suspeitas durante a atuação. Dos três, dois tentaram abrir o caixa e um ficou no carro. Um dos bandidos chegou se machucar na incursão e marcas de sangue ficaram no local.

Durante a ação, os homens próximos ao caixa usaram banners com imagem do banco e o indicativo de manutenção para bloquear a visão de funcionários e pessoas próximas. Segundo avaliação do Instituto Geral de Perícias (IGP), o aparelho não chegou a ser violado.

O Santander não divulgou estimativa de prejuízo com os danos do equipamento. O caso é administrado pelo setor de segurança do banco, sediado em São Paulo. A manutenção do caixa será feita por empresa terceirizada. Até lá, o equipamento está inutilizado.

Segunda visita
Na terça-feira, 5, dois criminosos que participaram do arrombamento estiveram na Unifebe. Eles mantinham um caderno e faziam anotações, próximo ao equipamento. Tanto no início desta semana, quanto na manhã de ontem, eles consumiram produtos na cantina ao lado do local. Cafés e um chiclete foram pagos com uma nota de R$ 50, segundo José Schmitz, proprietário do estabelecimento.

Ele mantém o comércio há 32 anos e afirma ter sido a primeira vez que viu situação semelhante. O caso gerou surpresa no comerciante, devido à estrutura de segurança disponível na instituição. “Eles sempre estudam muito para chegar em um lugar tão vigiado, mas o barulho nos chamou a atenção”.

A cantina foi o local de chegada da dupla. De acordo com ele, tudo foi feito para que parecesse um trabalho de manutenção. Os banners, inclusive foram fixados na divisória de vidro da cantina, impedindo a visualização da equipe. Segundo ele, durante a atuação, um deles fazia anotações e falava ao telefone, como se repassasse informações técnicas para uma equipe.

Ação inesperada
Segundo o pró-reitor da Unifebe, Alessandro Fazzino, a atuação de equipes de manutenção nos caixas eletrônicos é rotineira. O serviço é terceirizado e depende dos profissionais para reposição e revisão nos equipamentos.

Normalmente, afirma, os serviços são acompanhados por um veículo caixa-forte, segurança e um profissional identificado. As equipes não costumam ser alteradas. Nesta manhã, apenas o carro foi utilizado.

Mesmo com uma mudança no padrão da suposta equipe, o grupo não levantou suspeitas até o uso de equipamentos para tentar abrir o caixa, de acordo com o pró-reitor. A tranquilidade do grupo durante a ação em um dos locais mais movimentados do campus reforçou o disfarce. “Nunca se esperava algo assim”.

Com a atuação do grupo, a tendência, segundo Fazzino, é de que a estrutura e atuação da segurança no local sejam revistas para melhorias. Hoje, o acesso é monitorado por câmeras e para ter a saída liberada é preciso validar um ticket nas cancelas.

Veja vídeo do momento:

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