Laudo traz novas conclusões sobre segurança de reservatório do Bruschal, em Brusque

Conforme o documento, sistema de drenagem deve ser implantado no local

Laudo traz novas conclusões sobre segurança de reservatório do Bruschal, em Brusque

Conforme o documento, sistema de drenagem deve ser implantado no local

O reservatório do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Brusque, na localidade do Bruschal, entre os bairros Azambuja e Souza Cruz, é considerado seguro. É o que concluiu a sondagem por eletrorresistividade no talude que abriga a estrutura, feita em junho pela empresa Tecgo Tecnologia em Sondagens Geofísicas, sob responsabilidade do geólogo Fernando de Fontoura Xavier.

O reservatório fica na rua dos Xaxins, no Azambuja. A cisterna é foco de investidas jurídicas de moradores que residem abaixo da estrutura. A comunidade alega que o equipamento oferece perigo às residências que ficam no curso do talude.

Segundo o relatório feito pela empresa, a estrutura não oferece risco à localidade. O assessor técnico da autarquia, engenheiro Jober Allan Moro João, conta que a sondagem identificou uma grande rocha em baixo do reservatório, que não tem risco de escorregamento pelo tamanho. Ou seja, não tem o perigo dela rolar, sendo que nem o reservatório e nem a carga de operação têm influência sobre a estabilidade da encosta.

O engenheiro explica que a sondagem por eletrorresistividade é feita ao cravar eletrodos no solo por 15 centímetros e transmitir uma corrente elétrica. Aí cada material, como rochas, solo e areia, tem uma eletrorresistividade e a sondagem caracteriza o tipo do subsolo.

Entretanto, a sondagem do solo apontou uma área de risco de escorregamento próximo ao local. Trata-se da encosta abaixo do reservatório, que apresentou uma fratura em um pedaço de rocha.

Sondagem geofísica por eletrorresistividade é um método de investigação que consiste na separação do solo em camadas de diferentes propriedades elétricas / Foto: Samae de Brusque/Divulgação

Ali, a água entra, percorre um caminho e volta a subir na superfície. Então, trata-se de uma superfície com potencial de ruptura, que causa risco para as casas que estão embaixo na localidade.

Para resolver a situação, o laudo aponta que é preciso fazer sistemas de drenagem nestes locais. “Tanto no reservatório do Samae como em uma fábrica que tem em um terreno numa rua ao lado e em uma casa que tem o telhado que joga uma parte da água para lá. Ou seja, diminuir esse escoamento superficial, que é tirar ele da encosta”, explica.

Área de risco e sistemas de drenagem

Jober ressalta que o Samae vai impermeabilizar todo o terreno do reservatório e vai ligar com uma drenagem já existente. Isso será para garantir a segurança do local com a diminuição da infiltração.

Após isso, o Samae deve solicitar vistoria pela Defesa Civil e análise para retorno da operação sem limitação de carga, que hoje está em 50%.

Entretanto, a drenagem a ser feita na parte abaixo do reservatório, com a encosta, é de responsabilidade do morador. Jober explica que, por ser uma propriedade privada, o Samae não poderia intervir.

Neste sentido, o morador faria a drenagem com objetivo de colaborar com o escoamento pela encosta e, principalmente, pela área crítica identificada. “Foi acionada a Defesa Civil, que foi comunicada da área de risco. E eles junto com o morador foram procurar uma solução, a fim de propor uma melhora no local”, completa.

Samae de Brusque/Divulgação

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