Low Carb ganha cada vez mais adeptos em Brusque e região

Dieta induz queima de gordura, levando a melhora na disposição e bem-estar

Low Carb ganha cada vez mais adeptos em Brusque e região

Dieta induz queima de gordura, levando a melhora na disposição e bem-estar

Dieta com restrição no consumo de carboidrato – a Low Carb – tem atraído cada vez mais adeptos em Brusque e região.

Alimentos de fontes proteicas, gorduras boas (insaturadas, provenientes da natureza), grãos, sementes, vegetais e frutas, são priorizadas nesta dieta, em que geralmente são retirados produtos com grandes quantidades de carboidratos, como pães, massas, farinhas e doces.

A nutricionista Ariane Serpa, pós-graduada em Nutrição Clínico Funcional, diz que a Low Carb tem melhor resultado de emagrecimento que dietas reduzidas em calorias e gordura. Ela explica, no entanto, que há variações.

Na Low Carb moderada, por exemplo, pode ser consumido entre 26 e 44% de carboidratos do total da dieta; a restrita, entre 10 a 25% e a muita baixa varia entre 5 a 15%.

“Em uma dieta moderada ou até a restrita, muitas vezes não se exclui nenhum grupo alimentar, apenas é feito um cálculo individual par adequar as necessidades do paciente”.

A nutricionista afirma que com a dieta há melhora na resposta de hormônios que induzem queima de gordura, levando a melhora na disposição e bem-estar como um todo.

“Estudos têm demonstrado que restringir calorias não é o melhor caminho para emagrecimento, pois considerar a quantidade e não a qualidade é um grande erro. Por isso hoje a alimentação do tipo Low Carb tem um melhor resultado de emagrecimento que dietas reduzidas em calorias e gordura”, avalia.

Riscos para a saúde
Pensando nos diferentes tipos de dietas Low Carb, como a moderada ou restrita, não há riscos para saúde, pois todos os grupos alimentares seriam equilibradas e adequadas ao paciente.

Porém, Ariane afirma que uma dieta com muito baixo teor de carboidrato (aquelas que restringem até o consumo de algumas frutas, leguminosas e grãos) deve-se tomar cuidado, já que o carboidrato é um nutriente que regula cortisol (hormônio do estresse), funções tireoidianas e mantém níveis normais de glicose circulante.

“Quando não ingerimos o carboidrato entramos em um estado chamado cetose, ou seja, o organismo utiliza gordura corporal como combustível. Esse estado leva a alterações neurológicas, causando irritação, ansiedade, alterações intestinais e mal estar”.

Quanto ao peso, a nutricionista diz que os resultados são muito individuais, dependendo de paciente para paciente. No entanto, os resultados relacionados a melhorias de sintomas (como disposição, qualidade do sono, intestino regular) aparecem em poucos dias.

Ela afirma que estudos apontam que as dietas com percentual mais baixo de carboidrato trazem resultados eficientes a curto prazo, comparada as dietas moderadas em carboidrato. “A moderada tem seus resultados prolongados, sendo que em alguns meses a pessoa que fez Low Carb restrita ou que fez a moderada tem os mesmos resultados de emagrecimento”, explica.

Transformação
Por meio da Low Carb, a costureira Deise Naiara Lombardi, 32 anos, perdeu 30 quilos desde janeiro. Após fazer vários tipos de dietas sem sucesso, ela pesquisou na internet sobre a Low Carb, se interessou e começou a colocar em prática algumas das receitas. Além da dieta, Deise faz atividades físicas diariamente.

A costureira cortou açúcar e farinha de sua alimentação, além de realizar o jejum intermitente, ou seja, não tomar café da manhã e ficar 12 horas sem se alimentar. Eventualmente, quando faz a refeição neste período, come ovos e ou/abacate.

Ao meio-dia almoça verduras e legumes, um ou dois tipos de proteínas (carnes e ovos), além de um tipo de carboidrato (batata doce ou aipim). À tarde, às vezes, come alguma fruta ou faz algum tipo de iogurte natural a base de leite de coco ou frutas vermelhas.

Por fim, sua última alimentação do dia é feita antes das 18h, onde repete-se “o esquema” do meio-dia, porém, sem os carboidratos. “Pra mim a Low Card é um estilo de vida, você acaba se acostumando e não sente mais vontade de ficar comendo muito mais”, diz Deise, que tinha em janeiro 96 quilos e hoje pesa 66.

“Tudo muda: a pele, o intestino, a unha, o cabelo, o humor. E o mais legal é que não se deixa de comer, apenas faz um balanceamento diferente”.

A professora Araceli Regina Avi, de 31 anos, também sempre lutou contra balança, fazia dietas variadas, perdia peso e depois engordava de novo. Por meio de uma amiga conheceu a Low Carb e começou a fazer algumas receitas. Em seis meses, perdeu 19 quilos. Porém, ela também realiza atividade física.

“Para perder peso fiz a dieta bem restrita, eliminei carboidratos, açúcar e frituras. Não comia frutas, nem sucos, nada de leite ou derivados e nem refrigerante. Minha alimentação se resumia a ovos, carne, legumes e verduras, muita água e chá de hibisco”.

Hoje para manter o peso, Araceli continua com exercício físico e vive o que chama de “educação alimentar”. Ela inseriu alguns carboidratos chamados “bons”, como abóbora, mandioca, aveia, farinha amêndoa, frutas, leite integral e derivados e permanece sem consumir as farinhas brancas e integrais, açúcar e fritura.

“Pra mim que já tinha testado várias dietas, essa foi a que melhor me adaptei. Me sinto muito mais disposta, saudável e bonita”, afirma a professora.

Receita Low Carb
Ariane Serpa

Pãozinho de frigideira/Divulgação

Pãozinho de frigideira

Ingredientes
2 colheres de farinha de amêndoas
1 colher de sopa de farinha de linhaça
1 colher de café de psyllium (ou goma xantana)
1 ovo
1 colher de café de vinagre de maçã
1 colher de café de gergelim branco
1 colher de chá de fermento químico
Sal a gosto

Modo de preparo
Misture todos os ingredientes, despeje a massa na frigideira em fogo baixo e assim que a massa soltar, vire do outro lado para dourar. Sirva em seguida.

Rende: 1 unidade

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