Uma dica para as viagens não ficarem cansativas de troca-troca de hotéis, faz e desfaz mala é estabelecer uma cidade base, e dessa você faz os passeios paras as demais cidades ou pontos turísticos. O ideal também é que estes não estejam além de 2 a 3 horas de distância, para ficar algo mais cômodo. A dica de hoje são 3 cidadezinhas lindas aos arredores de Amsterdam, o passeio foi comprado 1 dia antes na loja Tour & Tickets no centro da cidade, super simples. É possível comprar pelo site também.

Eu não gosto muito de fazer excursão, porque eu gosto de fazer no meu ritmo e explorar coisas que vão muitas vezes além do turismo tradicional, porém ás vezes acabo me rendendo e as experiências que tive até hoje foram sempre agradáveis, vou contar aqui o que estava incluso no pacote, como foi nosso roteiro e a experiência!

Pacote Tour & Ticket All-in Countryside & Windmill: clique aqui

Duração: cerca de 5,5 horas | Horários: 2 opções de saídas, as 08:45 ou as 14:45

Guia em inglês e espanhol + audioguia no ônibus com 16 línguas

Saída e chegada da Estação Central (não busca no hotel)

Transporte em ônibus de turismo.

Preço: € 40,00 (os preços variam muito, sempre há promoções, se você comprar mais passeios ou tickets de museus os pacotes tendem a melhorar os preços)

Inclui todas as entradas nos locais de visitação.

Zaanse Schans, se quando você pensa na Holanda vem a sua mente moinhos de vento essa cidade você tem que conhecer, é praticamente um museu ao ar livre com mais de dez moinhos espalhados por uma vila supersimpática, em alguns desses moinhos é possível entrar e aprender mais sobre algum tipo de atividade típica da região. Na excursão estava incluso um onde aprendemos mais sobre a história e importância deles para o desenvolvimento do país e também como eles funcionam por dentro.

Em 2017

A história dessa cidade foi de realmente preservar e mostrar para as futuras gerações como era a vida nos séculos 18 e 19, assim algumas casas e moinhos são somente para museu, porém, muitas outras são moradores reais que ali vivem.

Estive nessa cidade em 2017 com a minha mãe, na outra ocasião fizemos um bate e volta de uber mesmo, e ficamos um pouco mais apreciando o local. Como o dia agora em 2022 estava muito frio e nublado nem deu muita vontade de sair explorando sabe, se tivesse um dia lindo de sol eu já ia ter achado pouco tempo para explorar e curtir o local (prós e contras de excursão). Dica para esquentar: em um dos moinhos vende-se chocolate quente, vale super a pena experimentar para se aquecer!!

Em 2017

Curiosidade Moinhos: Estima-se que haja mais de 1.000 moinhos de vento em todo o território holandês, com funções distintas, residências, museus, café entre outros. Um moinho aproveita a energia do vento para movimentar outros equipamentos, como por exemplo, uma bomba de água, um moedor de grãos, produzir energia elétrica.

Marken, passeando por essa pequena aldeia me peguei admirando as casas coloridas, com várias bandeiras penduradas entre elas, tudo muito bem cuidado, limpo, com flores, detalhes fofos nas casas. Chegamos ao destino, Fábrica de Tamancos, outro ponto forte quando se pensa em Holanda. A fábrica é uma graça com diversos sapatos de madeira pendurados no teto, maquinários antigos expostos. Tivemos uma explicação bastante divertida mostrando como eram feitos antigamente e como são feitos agora com máquinas mais modernas. Ao final passamos pela loja onde podemos provar e constatar que apesar da aparência de serem pesados e desconfortáveis eles são exatamente o oposto disso.

Curiosidade sobre os “Klompen” – Tamancos, data de 1487 a origem o calçado, ele é feito de uma madeira especial “ Het Wilgenhout”, e foi criado para proteger os pés da umidade e da neve. Com o passar do tempo ele ganhou outras funcionalidades como ajudar a alisar a terra depois do plantio e proteger os pés de diversos tipos de acidentes, como de pregos, anzóis de pesca e objetos cortantes que talvez perfurassem uma bota comum não atravessariam um sapato de madeira. Engana-se que o klompen caiu em desuso, principalmente nos campos ele ainda é bastante utilizado, estimasse que sejam produzidos cerca de três milhões e meio de pares de tamancos por ano.

Passeio de barco, da cidade de Marken para chegar a Volendam pegamos um barco. A travessia foi supertranquila e fomos curtindo a paisagem. No barco há banheiros, e um bar onde vende pequenos lanches, água, refrigerantes.

Volendam, leva a fama e com muito orgulho de ser conhecida como Vilarejo de Pescadores. Isso porque era uma região que acabou ficando afastada do restante do país, e assim criou e manteve suas próprias tradições, hábitos, diferentes dos demais lugares. Por exemplo, é a única população católica que habita a província norte da Holanda predominantemente protestante.

Mais uma cidade que parece ter saído de um livro infantil, as casas de madeiras coloridas cercadas pelo porto e seus barcos já serviram de inspiração para Picasso e Renoir, hoje atrai a atenção dos turistas pela sua história mais além disso por sua culinária, seus famosos queijos, frutos do mar, stroopwafel entre outros.

Fomos na Cheese Factory Volendam aprender mais sobre o processo do famoso queijo Gouda, não é uma fábrica de verdade, é mais para “turista ver”. Na entrada tem uma exposição como se fosse uma fábrica, com os processos de fabricação do queijo até ele pronto. Depois fomos para uma sala onde uma moça vestida com trajes típicos e fala um pouco mais sobre a história e a fabricação.

Terminamos com a melhor parte, a degustação, e se quiser você pode fazer compras nas lojas. Foi legal, porém não é a experiência real, não é imperdível. Eu fiz uma visitação em uma fábrica de queijos Parmesão em Parma na Itália e lá sim vimos o processo real, e sim muito mais interessante.

Ali tivemos mais tempo para explorar a cidade. Passeamos pelas lojas e almoçamos um prato típico, kibbeling, que é basicamente peixes em cubos empanado e frito, servido com um molho à base de alho ou molho tartar e com batatas fritas. Sentamos em um banco no porto e ficamos ali curtindo o movimento.

Deixe espaço para a sobremesa, os famosos stroopwafel, um doce de antigas tradições, as receitas são mantidas como um valioso segredo e passadas de geração em geração há séculos, vale a pena provar. Fica a dica de uma deliciosa lembrancinha de viagem, muitos são vendidos em latas lindas.

Ao final nos reunimos com o grupo e fomos caminhando até nosso ônibus para retornar a Amsterdam. Sobre o passeio, para a proposta que tínhamos valeu a pena, estava muito bem organizado, os guias simpáticos, prestativos, pontuais. Como mencionei no início não é meu estilo de passeio, eu não me vejo por exemplo em uma viagem de 7 dias fazendo todos os dias excursões assim, acho que teria um infarto haha, mas como nessa viagem fui mais tranquila, sem grandes roteiros e “deixando a vida de levar” acho que caiu super bem e recomendo.