Manifesto em defesa dos índios Guaranis-Kaiowás reuniu estudantes em Brusque

Alunos aderiram ao manifesto nacional

Manifesto em defesa dos índios Guaranis-Kaiowás reuniu estudantes em Brusque

Alunos aderiram ao manifesto nacional

Aproximadamente 30 alunos da Escola de Educação Básica Dom João Becker aderiram ao manifesto nacional “Somos todos Guaranis-Kaiowás” realizado na manhã desta quinta-feira, 15 de novembro, na Praça Sesquicentenário, centro de Brusque. O ato nacional foi no dia 9 de novembro, mas em Brusque o ato, que inicialmente havia sido marcado para o dia 10, teve de ser adiado devido à chuva.

O movimento é pacífico e apartidário, e em Brusque foi organizado, principalmente, por professores da rede pública de ensino. Segundo Thalita Gomes Gonçalves, professora de Língua Portuguesa e uma das organizadoras do movimento local, todos os grêmios estudantis de Brusque foram convidados. Enquanto o Jornal MDD acompanhou o movimento, somente alunos da escola citada estavam presentes.

O objetivo é conscientizar a população sobre a questão indígena no Brasil, que há muito tempo não é discutida devidamente, segundo Thalita.

– Queremos incentivar principalmente os jovens a pensar, especificamente com relação à situação dessa comunidade indígena do Mato Grosso do Sul. Tudo começou pela internet, e resolvemos trazer para as ruas, para que seja noticiado pela mídia e a população saiba o que está sendo feito – conta.

Os adeptos também podiam assinar o abaixo-assinado, que será encaminhado para órgãos nacionais envolvidos na questão.


Para Thalita, mesmo com poucas pessoas, o movimento em Brusque é válido e importante.

– Acho que só pelo fato de estarmos aqui, já estamos ajudando. A população de Brusque não tem o hábito de fazer essas coisas, então é algo novo, que acaba servindo de estímulo para esse e futuros manifestos – conclui.

O poder das redes sociais

Como muitos outros movimentos importantes iniciados pelas redes sociais, o “Somos todos Guaranis-Kaiowás” também ganhou força com a ajuda da rede. Segundo a professora Thalita, assim que o cacique da tribo se manifestou, começou um movimento pela internet que acabou mobilizando todo o Brasil.

– Foi pela internet que soubemos do que estava acontecendo e ali tudo começou a criar corpo – conta. 


Ela contou que os atos começaram nas capitais e foram se espalhando, e que Santa Catarina foi um dos estados que mais aderiu ao movimento.

– Quando a internet é usada para motivações como essa, é uma ferramenta poderosa de informação. Outra questão é a da usina hidrelétrica de Belo Monte, onde várias tribos indígenas milenares serão comprometidas, principalmente com a impossibilidade de índios pescarem. Não podemos cometer o mesmo erro que foi cometido nos Estados Unidos e no Canadá, onde muitas tribos foram exterminadas – conclui.

> Assista ao trecho do documentário Guarani_Kaiowá, Povo Guerreiro

GUARANI-KAIOWÁ, POVO GUERREIRO (trailer) from Lincoln Shedd on Vimeo.

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