Marcas de protetor solar são reprovadas em testes de qualidade

No entanto, dermatologista afirma que não há motivo para preocupação; farmácias não registram queda nas vendas

Marcas de protetor solar são reprovadas em testes de qualidade

No entanto, dermatologista afirma que não há motivo para preocupação; farmácias não registram queda nas vendas

Na semana passada, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) divulgou os resultados de um teste realizado com marcas de protetor solar vendidas no Brasil. Das marcas pesquisadas, cinco foram reprovadas por possuírem fator de proteção menor do que o indicado na embalagem: Sundown, L’Oreal, ROC, Sunmaz e La Roche Posay.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite uma variação de até 17% entre o informado na embalagem e a formulação do produto, mas nessas cinco marcas, a diferença foi maior que esse valor. Segundo o teste, o produto da La Roche Posay, por exemplo, tinha um FPS 42% menor do que o informado no rótulo.

A associação também avaliou a proteção UVA dos produtos. Desde 2012, a legislação brasileira determina que a proteção UVA do protetor solar deve ser um terço do FPS. Desta vez, o produto da L’Oreal foi classificado como ruim, pois apresentou 26% do FPS rotulado ao invés dos 33% exigidos.

O resultado dos testes deixou a população preocupada, já que as marcas mais vendidas foram reprovadas na avaliação. No entanto, a dermatologista Martina Dalcegio Cavalca, afirma que não há motivo para preocupação. Ela diz que a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) não está levando em consideração o resultado do teste porque a Proteste não divulgou os critérios utilizados para fazer a avaliação. “Este é um estudo muito complexo e não sabemos exatamente como ele foi feito, por isso, há essa dúvida”, diz.

Nas farmácias de Brusque, o resultado da pesquisa ainda não interferiu nas vendas. Na Farmácia Dorita, a procura pelo protetor solar continua normalmente, assim como na Droga Raia, que inclusive, tem algumas das marcas que foram reprovadas no teste. Ainda não há nenhum comunicado para retirar os produtos das prateleiras.

Já a farmácia Lindóia não trabalha com as marcas reprovadas no teste há algum tempo. “Trabalhamos com poucas marcas de protetor como a Anasol e a Australian Gold. Elas vendem bem também, mas são menos conhecidas que a Sundown, por exemplo, então para nós, não sentimos impacto com esse teste”, diz.

A farmácia Viva Bem também não trabalha mais com as marcas reprovadas no teste por terem um custo maior que as demais.

Cuidados na hora da compra

A dermatologista lembra que independente dos testes, os consumidores devem tomar alguns cuidados na hora de escolher o protetor solar. “Cada tipo de pele tem um específico. Se a pele é oleosa, é importante comprar um com toque mais seco, já se a pele é mais seca, a pessoa pode comprar com hidratante”.

Já para as crianças, é imprescindível usar filtro específico infantil. Para adultos e crianças, uma recomendação é única: o FPS usado deve ser pelo menos 30. “Além do filtro, é importante que as pessoas utilizem outros tipos de proteção, chapéu, óculos e evitar ficar muito em exposição no sol”.

O protetor solar também deve oferecer proteção UVA e UVB. A aplicação deve ser feita pelo menos 30 minutos antes da exposição ao sol.

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