Matheus Rheine conquista segunda medalha nos Jogos Parapan-Americanos

Ele ficou com a prata na prova dos 100m Livre, no Peru

Matheus Rheine conquista segunda medalha nos Jogos Parapan-Americanos

Ele ficou com a prata na prova dos 100m Livre, no Peru

O nadador brusquense Matheus Rheine conquistou nesta terça-feira, 27, a medalha de prata na prova dos 100m Livre da classe S11 (destinada a atletas cegos), com o tempo de 1min00s46

Em 2015, no Parapan de Toronto, Rheine conquistou ouro nesta prova. Rheine tem o recorde Parapan-Americano da prova, com 59s85, marca registrada em Toronto. O recorde foi quebrado pelo colega de equipe Wendell Belarmino Pereira, com o tempo de 59s33, que conquistou o ouro.

Os adversários de Rheine foram Jovier Hernández (Cuba), José Luiz Perdigão Maia (Brasil), Wendell Belarmino Pereira (Brasil), Leider Rojas (Colômbia) e Brayan Herrera (Colômbia). O melhor tempo classificatório havia sido o do brusquense: 1min00s33.

Na noite de segunda-feira, 26, Rheine conquistou o ouro na prova dos 400m Livre, também na Classe S11.

Às 20h10 (horário de Brasília) desta quinta-feira, 29, Matheus Rheine disputa a final dos 50m Livre, prova na qual conquistou medalha de ouro na última edição do Parapan, a de Toronto em 2015. Nesta sexta-feira, 30, às 20h, é a vez da final dos 100m Borboleta.

Classe S11

Nadadores da classe S11 da natação paralímpica são cegos ou quase cegos. Eles não têm nenhuma percepção luminosa em nenhum dos dois olhos, ou possuem percepção luminosa com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção.

Para garantir que todos os competidores tenham visão zero, são utilizados óculos de natação que servem como vendas. Ou seja, mesmo se um competidor quisesse levar vantagem, não conseguiria enxergar.

Uma das características da classe é que alguns nadadores costumam se guiar bastante pelas bordas das raias. É comum ver nadadores em zigue-zague, dependendo da prova. Para que um nadador possa fazer a virada com segurança, eles têm um auxiliar à disposição na borda da piscina. Com uma espécie de vara, os nadadores são encostados, como sinal de que a piscina está “acabando”. Contar os ciclos de braçada para se localizar na prova também é uma medida útil.

Queima de largada

No domingo, 25, a equipe de revezamento dos 4 x 100 metros do Brasil foi eliminada por queima de largada. O erro foi por parte do técnico Leonardo Tomasello Araújo, que antes que pudesse dar o sinal de largada a Matheus Rheine, trocou as mãos. Quando Rheine percebeu que a mão do técnico não estava mais em um de seus pés, saltou para a piscina, queimando a largada.

Araújo assumiu a responsabilidade pela falha. A equipe só havia treinado para a prova duas vezes, pois não era o foco dos trabalhos de preparação para o Parapan.

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