Menos de 3% dos taxistas de Brusque utilizam aplicativos como 99Taxis

Apenas dois dos 70 permissionários aderiram ao serviço; prefeitura estuda regulamentação

Menos de 3% dos taxistas de Brusque utilizam aplicativos como 99Taxis

Apenas dois dos 70 permissionários aderiram ao serviço; prefeitura estuda regulamentação

Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas de Brusque, Modesto Bertoldi, apenas dois dos 70 taxistas em atuação no município utilizam aplicativos na prestação de seu serviço. Ambos utilizam-se do 99Taxis, serviço presente em mais de 350 cidades brasileiras.

Serviços populares em cidades vizinhas, como Blumenau e Balneário Camboriú, os aplicativos estão demorando para se popularizar no município. “Nós aqui somos mais inferiores que as cidades de Balneário Camboriú e Blumenau”, justifica Modesto Bertoldi.

Além disso, ele afirma que os taxistas de Brusque já tem custos elevados para manutenção e aperfeiçoamento do serviço, e que a adesão aos aplicativos não é gratuita.

Para aderir ao 99Taxis, os permissionários precisam se cadastrar junto à empresa e abrir uma conta no banco. Eles recebem um cartão para gerenciar essa conta, onde lhes é depositada diretamente, pelos clientes, o valor das corridas.

O presidente lembra que há uma proposta da prefeitura, que pretende fomentar e regulamentar o uso de aplicativos, ainda em fase embrionária. “Tudo que vem para ajudar o táxi é bom”, avalia.

Serviço popular entre turistas

O taxista Michel Bertoldi é um dos que usa o aplicativo nas suas corridas diárias. Só tem elogios ao serviço, que utiliza há cinco meses.

“Esse aplicativo é uma ferramenta muito boa tanto para o passageiro quanto para o motorista, porque quando solicitada a corrida ele já indica o local exato onde está o passageiro e o passageiro vê, via GPS, o local e o tempo que o táxi irá levar para chegar ao destino”, afirma o taxista.

Ele diz ainda que o modelo de trabalho do aplicativo também facilita o pagamento, que é no cartão de crédito, serviço utilizado por poucos profissionais no município.

Bertoldi diz que, na média 90% das vezes em que utiliza o aplicativo, está prestando serviço a hóspedes de hotéis e turistas estrangeiros, mais acostumados ao serviço, do que a moradores de Brusque.

Toda essa comodidade, no entanto, tem um custo: o taxista paga uma taxa de R$ 2 por corrida, fora o custo da adesão ao 99Taxis.

Prefeitura quer regulamentar

Recentemente, a Prefeitura de Brusque informou que estuda meios de regulamentar o serviço de aplicativos de táxi, os quais incluem, além do 99Taxis, serviços como o Easy Taxi e o Uber.

Isso será viabilizado no estudo que a prefeitura contratou junto à empresa especializada, que recentemente começou a ser executado, no sentido de se elaborar um edital para renovação da concessão de licenças para taxistas.

À época, o então procurador-geral do município, Mário Mesquita, afirmou que para elaborar o processo licitatório que concederá licenças aos taxistas, é possível que a prefeitura tenha que fazer alterações na legislação que rege o serviço.

Quando isso for feito, deverá haver artigos específicos para tratar da regulamentação dos aplicativos.

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