Mercado de palestras cresce em Brusque nos últimos anos

Brusquenses se habituaram a participar de eventos, que hoje visam mais o comportamento do que a motivação

Mercado de palestras cresce em Brusque nos últimos anos

Brusquenses se habituaram a participar de eventos, que hoje visam mais o comportamento do que a motivação

Nos últimos anos, o mercado de palestras tem se popularizado em Brusque. Neste ano, em especial, palestrantes de vários segmentos estiveram no município para compartilhar conhecimento e, consequentemente, contribuir para o aprimoramento dos profissionais e o desenvolvimento das empresas.

A Jasper Entretenimento trouxe neste ano dois grandes nomes: Leandro Karnal e Clóvis de Barros Filho. As duas palestras tiveram um público de quase mil pessoas cada uma e mostraram o quanto o brusquense está interessado no que profissionais de diversas áreas têm a dizer.

De acordo com o proprietário da empresa, Ivan Jasper, havia uma carência de compartilhamento de inteligência no município, mas isso começou a mudar nos últimos quatro anos. “Primeiro começamos a catequizar as pessoas para que se habituassem a consumir esse tipo de produto. Com o consumo, veio a exigência. Então começamos a trazer profissionais cada vez mais capacitados”, diz.

Jasper afirma que esta evolução fez com que a região crescesse nesta área cultural: “Os brusquenses estão querendo consumir esse produto, o que não acontecia antes porque não era apresentado. Vejo como uma coisa maravilhosa para a cidade, que cresce como um todo”.

Quem também se destaca promovendo palestras no município é a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). O presidente da entidade, Michel Belli, afirma que neste ano a CDL já realizou 19 palestras e cursos e deve fechar o ano com 23 eventos.

Ele observa que é importante buscar conhecimento, principalmente em época de economia variável. Segundo ele, durante as palestras o público pode se atualizar e ainda trocar informações e contatos. “As palestras possibilitam muito o networking, muita troca sobre o mercado”.

Belli destaca que a CDL tem um custo baixo para trazer palestras porque a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL) tem uma série de palestrantes disponíveis. Com isso, a entidade pode proporcionar conhecimento e ainda praticar a filantropia. “Muitos eventos que fizemos conseguimos arrecadar doações para entidades de Brusque”.

Além das palestras, a entidade também investe nos workshops, o que tem gerado também bom público. “Queremos nos aproximar do nosso associado que é sempre muito antenado, ligado nas novidades, e por isso, proporcionamos eventos deste tipo”.

Reflexo da crise

A empresa Liderhar também começou a investir neste segmento. Sandra Gohr, proprietária da empresa, atua no mercado de palestras há 20 anos, e agora começou a buscar outros profissionais para diversificar. A palestra com a Monja Coen, que ocorreu recentemente em Brusque, foi o primeiro passo.

Sandra diz que a expansão do segmento de palestras também sofre influência do mercado. De acordo com ela, em função da crise que o mercado vem sofrendo, as empresas começaram a diminuir os gastos com cursos para seus profissionais. Em contrapartida, passaram a investir mais em palestras, que têm um custo menor para as organizações, mas podem beneficiar um número maior de profissionais para receber o conteúdo.
“O conteúdo é mais rápido, dá para o colaborador participar, adquirir conhecimento e ainda se interessar mais, porque tem essa praticidade. A palestra em si não esgota o conhecimento necessário para se atuar no mercado de trabalho, mas abre para um direcionamento. É isso que as empresas buscam”.
Perfil das palestras
Jasper afirma que o perfil das palestras mudou nos últimos dois anos. Antes, os eventos de caráter motivacional faziam sucesso entre o público. No entanto, hoje o interesse do público é outro. “Já ultrapassamos esse processo. Hoje, as palestras são sobre situações reais. Não é mais para chorar, são questões mais disciplinares e de comportamento humano. O comportamento é o principal. É uma consequência que vem para o resultado das empresas”, avalia.

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