Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Mês Missionário Extraordinário

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Mês Missionário Extraordinário

Pe. Adilson José Colombi

A Igreja, há bastante tempo, tem o mês de outubro como um Mês Missionário. Este ano, porém, o Papa Francisco determinou que fosse um Mês Missionário Extraordinário. E deu como tema: Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo.

Quer que toda a Igreja reflita, reze e aja sempre mais segundo sua missão fundamental: ser sal e luz do mundo, ser um sinal de salvação, ser instrumento de salvação para todos, sem exceção.

De fato, o papa Francisco desde o início de seu Pontificado está exortando para que todo batizado (a) a ser Igreja “de” ou “em saída”, não apenas, Igreja “da conservação do que já existe”. A construir “pontes” para ir as “periferias geográficas” e “periferias existenciais”.

O batizado (cristão/ã) tem que ser discípulo/a missionário/a com a própria vida e com experiências concretas de missão: de visitar casas, famílias, de transmitir a sua fé e seu sentido de pertença à Igreja…

A consagração batismal é nossa consagração fundamental que nos habilita para a missão de proclamar e testemunhar o Reino. É a partir dela que assumimos as nossas missões particulares (vocações). Antes de sermos padres, religiosos/as, vivermos a vocação matrimonial somos leigos e leigas, nosso “lugar” é o mundo com tudo o que há nele, sem ser dele.

Mas, de onde vem a missão? Essa missão advém da própria essência da Igreja: a missão. A origem da missão é o amor “fontal” de Deus (AG 02). “Deus é amor” (1Jo 4,8). Portanto, Deus é a fonte da missão. Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. A Trindade é continuamente em saída: “Ele nos amou primeiro” (1Jo 4, 19) e vem ao nosso encontro. A iniciativa é sempre de Deus. A Pessoa do Espírito Santo tem o protagonismo nesse movimento missionário (cf. At 2).

O fundamento é Jesus Cristo (cf. 1Cor 3,5-11) e o encontro com Ele, o Messias servo que se identifica com os pobres (cf. Mt 25,31ss), quebra o triunfalismo, rompe esquemas que mais servem para fortalecer os nossos projetos que para serem sinal do Reino de Deus.

A identidade missionária da Igreja está no seu ser. O agir da Igreja deve derivar de sua conformidade com Jesus Cristo, missionário do Pai, servo da humanidade. Não são sinais exteriores em termos de organização e de vestimentas que dão a identidade missionária da Igreja, mas ela é construída a partir da ação e da força do Espírito Santo que conduz à unidade.

Certamente é a partir da pessoa e missão de Jesus Cristo – do encontro com Ele, que é o caminho, a verdade e a vida; Aquele que se identifica com os pobres – que a missão a nós confiada se fortalece.

A missão brota do coração da Santíssima Trindade como identidade da Igreja peregrina e que, por sua natureza, é missionária (cf. AG, n. 2).

Por sua vez, a identidade do discípulo missionário nasce do encontro com Jesus Cristo, decisivo e transformador (cf. DAp, n. 29) que nos convida à conversão pessoal e pastoral. Vivendo esse estilo de vida, a comunidade eclesial se tornará mais santa e missionária. Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo.

A atividade missionária é o paradigma de cada obra da Igreja. Que Maria, Mãe de Jesus e nossa, nesse Mês Missionário Extraordinário, ajude a todos nós a melhorar a qualidade de nossa fé, para sermos bons discípulos missionários (as). Ela é a discípula missionária por excelência.

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