Mesmo com tempo instável, movimento é intenso nos cemitérios de Brusque neste Dia de Finados
Como já é de tradição, brusquenses visitam túmulos de familiares
Mesmo com tempo instável, movimento é intenso nos cemitérios de Brusque neste Dia de Finados
Como já é de tradição, brusquenses visitam túmulos de familiares
- 02/11/2019
- 12:04
Nem a chuva que caía sobre Brusque na manhã deste sábado, 2, dia de Finados, impediu que famílias visitassem os túmulos de seus entes queridos sepultados nos cemitérios do município. Cheiro de flores e de vela queimada e intenso fluxo de veículos fazem parte desta data dedicada a homenagear os falecidos.
Seja de guarda-chuva ou com as mãos sobre a cabeça na tentativa de evitar os pingos de chuva ou de garoa, muitas pessoas tiraram a manhã para limpar os túmulos e rezar pelos parentes indo à missa, como no caso de Vanda e Ademir Becker.
Moradores do bairro São Leopoldo, o casal todos os anos vai ao cemitério municipal Parque da Saudade, no bairro Azambuja, prestar homenagens aos pais, irmão, tio, tia e cunhada de Vanda e também para a mãe de Ademir.
Para Vanda, a ida até o cemitério é comum desde 1988, quando o pai dela faleceu. Desde então, sempre que pode ela vai até o túmulo para limpar e rezar por ele.
Neste dia de Finados, o casal prestou homenagens a todos os familiares. “Representa um dia muito especial. Tem que sempre cultivar a memória deles vindo rezar e limpar”, diz Vanda.
Desde 2004, quando o marido faleceu, Ivone Bondemüller, 80, não deixa de homenageá-lo. Nesta data, ela foi acompanhada da filha mais velha, Eliane Suavi, 57. Moradoras do bairro Azambuja, sempre que podem visitam o túmulo.
Ivone cuida com carinho do túmulo do esposo e toda semana faz a limpeza e troca as flores de três em três meses. “É um dia especial dedicado a eles. A gente vem na missa pedir para que Deus ilumine e que estejam em um bom lugar”, diz.
Mãe e filha também visitam todos os túmulos dos parentes sepultados no Parque da Saudade e em todos eles acendem uma vela e fazem uma oração.
Carregando um balde na mão estava Maria de Souza, 72, acompanhada do marido, João Batista de Souza, 73, do filho Adriano de Souza, 34, da nora, Mara Renata Vargas de Souza, 36, e da neta, Maria Alice de Souza, de cinco anos.
Adriano conta que a família foi visitar o túmulo do irmão dele, que faleceu há dez anos. Desde então, todos os anos no dia de Finados eles vêm fazer a limpeza e prestar homenagens enfeitando com flores e acendendo velas. Durante o ano, sempre que possível eles visitam.
A família também participa da missa. “É sagrado”, diz João. Para eles, a data é importante para lembrar do ente. “A gente sente muita saudade dele”, conta Adriano.
No cemitério do bairro Santa Terezinha o movimento também estava intenso, principalmente por conta da missa que aconteceu de manhã.
Dentre os familiares presentes, estava Mari Pedrini, 58. Ela é de Brusque, mas atualmente mora em Itajaí.
Ela foi visitar o túmulo de alguns parentes, especialmente dos pais, que já faleceram há alguns anos. Mari sempre vai ao cemitério nesta data. Ela participou da missa na comunidade dela e depois veio a Brusque.
“É uma data meio triste”, diz a brusquense. Emocionada, conta que apesar da saudade, depois que presta a homenagem, se sente bem. “Sai daqui mais leve”, comenta.