Mil edições do Papo de Bar: Fernando Lauritzen conta sobre o surgimento e histórias da coluna

Colunista agradece confiança dos leitores e relembra momentos marcantes de sua trajetória em O Município

Mil edições do Papo de Bar: Fernando Lauritzen conta sobre o surgimento e histórias da coluna

Colunista agradece confiança dos leitores e relembra momentos marcantes de sua trajetória em O Município

Coluna mais divertida e irreverente do jornal O Município, o Papo de Bar, de Fernando Lauritzen, completou mil edições na sexta-feira, 17 de março.

O convite para que Lauritzen ocupasse o espaço no jornal veio em 2001, quando O Município passou a ser diário.

“O Cláudio, proprietário do jornal e meu amigo de infância, me convidou para escrever uma página todas as terças-feiras no O Município, que naquela época tinha passado a ser diário. Eu já escrevia no jornal O Popular, aqui de Brusque também, desde 1996 e a coluna já tinha esse nome “Papo de Bar”, sempre comentando sobre os acontecimentos, já com essa pegada de humor”, lembra.

De uma página às terças, o Papo de Bar foi promovido a uma página na sexta-feira e, tempo depois, já ocupava duas páginas no dia de maior circulação do jornal.

“Daria um bom livro”

Lauritzen, em parceria com o chargista de O Município, Ed Carlos, criou o personagem Kríga, que anima a coluna há muito tempo e faz muito sucesso. A intenção era que as pessoas se identificassem com ele, que foi criado para ter o perfil do brusquense.

Charge do Kríga envolve bom humor, com uma pitada de crítica social e política | Ed Carlos

“Através dele, criamos muitas histórias, que certamente dariam um bom livro. Depois criamos a charge do Kríga, que é sucesso até hoje. Eu crio a ideia de como vai ser a charge e o Ed Carlos faz a ilustração pra gente. Teve uma época que a coluna tinha o Mobral do Kriga, que fez muito sucesso, onde nós propúnhamos um desafio matemático ou uma charada todas as sextas-feiras e os nossos leitores tinham que responder, deu bastante barulho”, lembra.

Momentos marcantes

Além do humor, o Papo de Bar também já foi instrumento para ações de cunho social. Lauritzen lembra que fez parte da campanha, junto com outras entidades, para  ajudar o garoto Matheus Tomasi, que teve que passar por um transplante de medula óssea.

“Na época isso teve muita repercussão aqui em Brusque e região, com muitas pessoas se inscrevendo para serem doadoras. Depois chegamos até a fazer algumas notas na coluna pedindo que a prefeitura asfaltasse a rua dele, que ainda era estrada de barro. E muito tempo depois, eu estava no Rio de Janeiro para assistir um jogo do Flamengo no Maracanã e o Matheus também estava lá e ele lembrou essa história que a gente tinha o ajudado com algumas colunas no jornal e tal, agradeceu e isso aí me marcou bastante”.

O Palio do arcebispo

Lauritzen também recorda de uma história de muita repercussão que envolveu o arcebispo Dom Murilo Krieger, cidadão brusquense muito respeitado. Em 2011, ele iria receber do papa Bento XVI o pálio arquiepiscopal, uma espécie de colarinho que representa a missão confiada aos bispos. O colunista brincou que um “Palio” era pouco para ele, mas algumas pessoas entenderam de outra forma.

“Fizemos uma brincadeira dizendo que o Dom Murilo não merecia ganhar um Palio, mas merecia sim era ganhar uma BMW. Algumas pessoas, que não entenderam a piada, começaram a mandar e-mails dizendo que a gente estava debochando do arcebispo, mandaram até carta para o jornal, mas era justamente o contrário. A gente estava dizendo que ele merecia muito mais pelos serviços prestados”.

O arcebispo, porém, entendeu qual foi o objetivo da coluna e tudo ficou esclarecido. “Até ele próprio me mandou um e-mail na época me explicando o significado do pálio e tal, mas no final entendeu que a nossa intenção era de dizer que ele merecia muito mais que somente o tal do pálio”.

Identificação

O colunista refle que, escrever no maior jornal da região e ter uma das páginas mais lidas, tem muitas responsabilidades. Ele destaca que, em mais de duas décadas do Papo de Bar, procurou sempre fazer humor sem agredir ninguém. “Sempre temos a resposta positiva das pessoas, dizendo que tal coisa que publicamos foi legal. Esse é o combustível pra gente continuar escrevendo todas as sextas-feiras”.

Pensando mais à frente, Lauritzen imagina que, talvez, o futuro da coluna seja mais focado no digital, mas, por enquanto, celebra o sucesso das mil edições do papo mais irreverente e comentado de Brusque.

“A gente só tem que agradecer ao jornal por continuar acreditando no nosso trabalho, que não é fácil, diga-se de passagem. Agradecer aos nossos leitores e aos nossos patrocinadores, porque sem eles fica inviável fazer a coluna e, principalmente, agradecer às pessoas que nos inspiram todos os dias, que são os nossos familiares, os nossos amigos e também um sem número de pessoas que a gente conhece por aí e que se identificam com o que escrevemos”.


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