Momento é inoportuno para troca de comando, avaliam prefeitos da região sobre impeachment de Moisés

Daniela Reinehr assume como governadora de Santa Catarina pela segunda vez em seis meses

Momento é inoportuno para troca de comando, avaliam prefeitos da região sobre impeachment de Moisés

Daniela Reinehr assume como governadora de Santa Catarina pela segunda vez em seis meses

Os prefeitos de Brusque, Botuverá e Guabiruba avaliam como inoportuno o impeachment do governador Carlos Moisés (sem partido) diante da situação que o estado passa, mas esperam que a vice Daniela Reinehr (sem partido) mantenha o diálogo com os municípios que vinha sendo estabelecido nos últimos meses.

A denúncia contra o governador Moisés no caso dos respiradores foi aprovada e, desde o dia 30, a vice governadora Daniela Reinehr assumiu o posto por um período de até 120 dias.

Esta é a segunda vez que Daniela assume o governo do estado. Em outubro de 2020, Moisés foi afastado após o comitê misto formado por desembargadores e deputados aceitar a denúncia relacionada à equiparação do salário de procuradores. O governador reassumiu o posto um mês depois de ser absolvido desta acusação pelo Tribunal de Julgamento.

Moisés é o primeiro governador no Brasil a ser afastado duas vezes por pedidos de impeachment desde 1985 | Foto: Peterson Paul/Governo de SC

O prefeito de Botuverá, Alcir Merizio (MDB), acredita que isso vai ter um impacto negativo inicialmente, mas espera que Daniela consiga dar mais atenção aos pedidos dos gestores municipais.

“Mudança de comando sempre causa complicações, cada um tem um pensamento. O governador agora estava recebendo os prefeitos, vendo alguns pedidos que estávamos fazendo. Vamos torcer para que Daniela possa continue o trabalho e nos ouça. Estamos conversando com o estado sobre a infraestrutura do município e a Covid-19, que é o que mais nos preocupa”.

Prefeito de Guabiruba, Valmir Zirke (PP) acredita que o momento não é propício, até pela inexperiência de Daniela para o cargo, mas entende que a investigação sobre a denúncia contra Moisés tem que ser levada a fundo para que exista uma conclusão.

“Os respiradores sumiram, muitas pessoas estão morrendo. Espero que se leve a sério e que, se houve algo errado, que ele pague pelo que fez. Mas, em um momento tão difícil como vivemos agora, o momento não é o melhor para a troca do governador”.

Zirke acredita que Daniela deve manter o que vinha sendo feito para atender as demandas dos municípios em relação à pandemia e espera que continue a busca por mais agilidade na distribuição das vacinas.

Prefeito de Brusque, Ari Vequi (MDB) conta que tem boa relação com as equipes montadas tanto por Moisés quanto por Daniela e que já trabalhou com vários deles, mas entende que o processo de impeachment é prejudicial para o estado como um todo.

“É sempre lamentável passar por esses processos, aconteceu na nossa cidade e vimos como é. Mas a justiça tem que ser feita”. Vequi espera que a decisão sobre o afastamento de Moisés não dure os 120 dias, que é o prazo máximo, para que o impacto seja o menor possível.

Apesar disso, Vequi ressalta que não vê dificuldade de comunicação com o governo por causa da troca. Além das ações relacionadas à pandemia, outra grande preocupação do prefeito no momento é continuar em contato com a Secretaria de Infraestrutura em busca de grandes obras para a região, como o trevo da BR-101 com a Antônio Heil, a duplicação da rodovia Ivo Silveira e a barragem de Botuverá.


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