Moradores da região disputam moedas da Olimpíada Rio 2016 para completarem coleções

Ao todo, são 16 moedas, algumas chegam a valer mais de R$ 100

Moradores da região disputam moedas da Olimpíada Rio 2016 para completarem coleções

Ao todo, são 16 moedas, algumas chegam a valer mais de R$ 100

Passados mais de um mês do fim da Olimpíada e Paralimpíada Rio 2016, muitas pessoas ainda buscam completar a coleção das moedas comemorativas lançadas em 2014 para os Jogos Olímpicos.

Desde 2014, o Banco Central lançou 16 moedas de 1 real, de circulação comum, comemorativas aos Jogos. A tiragem autorizada para cada uma foi de 20 milhões de unidades. Olhando assim parece uma imensidão de moedas, mas os colecionadores podem levar anos para completar a coleção.

O lançamento das 16 moedas foi feito em quatro séries: em novembro de 2014 (atletismo, natação, golfe, paratriatlo), em abril de 2015 (basquete, vela, paracanoagem e rugby), em agosto de 2015 (futebol, vôlei, atletismo paralímpico e judô) e em março de 2016 (boxe, natação paralímpica, mascote olímpico e mascote paralímpico).

A 17ª medalha da coleção foi lançada em 2012 pelo Banco Central, em homenagem à entrega da bandeira olímpica ao Brasil. Esta última, por ser a mais antiga é também a mais rara e é o item que falta para muitos colecionadores.

Novos adeptos

As moedas comemorativas ao Rio 2016, transformaram muitos brasileiros em colecionadores. Ao perceberem que receberam uma moeda diferente, muitos decidiram guardar e ir em busca das demais para completar a coleção.

Este é o caso da botuveraense Tainá Vicentini, 24 anos. Cerca de um mês antes do início dos Jogos Olímpicos ela recebeu uma moeda de 1 real de troco e decidiu guardar porque era diferente. “Depois que peguei a primeira fiquei de olho e comecei a procurar as outras”, diz.

Tainá Vicentini tem a coleção quase completa
Tainá Vicentini tem a coleção quase completa / Foto: Divulgação

Hoje ela tem 12 moedas, dessas, quatro são repetidas e ela está em busca de colecionadores que possam trocá-las para poder finalizar a coleção.

Quem também recebeu uma moeda comemorativa por acaso foi Douglas Paza. Morador da Rua Nova Trento, ele recebeu a primeira moeda como troco um tempo antes da Olimpíada começar. Como achou a moeda bonita, decidiu guardar e também avisou os amigos para que se encontrassem alguma moeda olímpica, entregassem a ele. Atualmente, Paza tem 24 moedas, algumas repetidas e todas estão bem guardadas em um lugar especial para que ninguém caia na tentação de gastá-las. “Pretendo ficar com elas por algum tempo, depois, quem sabe, posso vender a coleção. Elas valem muito”, diz.

Douglas encontrou a primeira moeda por acaso e então decidiu colecionar / Foto: Divulgação
Douglas encontrou a primeira moeda por acaso e então decidiu colecionar / Foto: Divulgação

Faltam apenas duas moedas para a brusquense Palmira Zancanaro Moreira completar a sua coleção olímpica. Ela iniciou a coleção quando recebeu uma das moedas comemorativas no caixa da loja em que trabalha. Quando viu a moeda diferente, não pensou duas vezes, e logo substituiu a moeda olímpica do caixa por outra comum e começou a busca pelas outras.

Ela também pediu ajuda dos amigos para encontrar as moedas. Hoje, faltam apenas a do boxe e da bandeira olímpica para completar. “Já pensei em comprar a da bandeira olímpica que é a mais rara, mas vou esperar mais um pouco pra ver se acho por aqui”, diz.

Assim que completar a coleção, Palmira pretende guardá-la. “Comecei a colecionar pela inspiração de encontrar mais. Não vou me desfazer dessas moedas, quero passar para as próximas gerações”, diz.


Paixão antiga

O guabirubense José Antônio Schumacher Júnior é colecionador de moedas há 20 anos. Tudo iniciou quando ele começou a juntar moedas de 1 centavo para comprar um cachorro-quente – que na época custava R$ 1,50 – daí em diante não parou mais.

Hoje já perdeu a conta do número de moedas que fazem parte de sua coleção. As mais recentes, no entanto, são as moedas olímpicas. A coleção das moedas comemorativas aos Jogos Rio 2016 já está completa. Ele tem as 17 moedas e a maioria ele conseguiu no próprio caixa do restaurante em que é proprietário. “Elas circularam aqui no meu restaurante, então foi mais fácil conseguir completar a coleção”, diz.

As suas moedas olímpicas são guardadas em um álbum específico, já que ele está ciente de que elas valem muito mais do que o seu valor de face – podem ser vendidas por mais de R$ 100 cada uma.


Coleção completa

Juliano Frutuoso, morador do bairro Águas Claras, também já completou a coleção das moedas olímpicas. Ele guardou a primeira moeda há cerca de um ano e meio e, a partir de então, foi em busca das demais. “A minha namorada encontrou uma e me mostrou. Eu tenho um cofrinho cheio de moedas e decidi abrir para ver se encontrava mais alguma. Achei duas no cofrinho e então fui atrás das outras”, diz.

Ele tem, inclusive, a moeda da bandeira olímpica, que conseguiu encontrar no dia a dia. Outras, no entanto, ele comprou para poder completar a coleção no Mercado de Pulgas de Brusque. “Comprei algumas por R$ 5. Hoje eles valem bem mais”, afirma.

Frutuoso guarda todas as moedas separadas por álbum. Além das moedas comemorativas, ele também coleciona outros tipos. Ele tem, por exemplo, a coleção de moedas do Brasil a partir de 1859 quase completa, além de moedas de 45 países diferentes. “Sempre gostei de colecionar. Tudo começou na infância, quando encontrei quatro moedas antigas brincando e guardei. Quando surgiu as olímpicas, não pensei duas vezes, é uma paixão”.

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