Moradores de Guabiruba ficam quase 14 dias consecutivos sem água

Atlantis diz que problema é uma 'herança do passado' e que a solução demanda alto investimento

Moradores de Guabiruba ficam quase 14 dias consecutivos sem água

Atlantis diz que problema é uma 'herança do passado' e que a solução demanda alto investimento

Moradores da rua Arthur Schaefer, no Centro de Guabiruba, têm enfrentado problemas com o abastecimento de água. O local fica em um morro bastante íngreme e, por este motivo, não recebe água durante o dia.

O problema é que desde dezembro, o local também não está sendo abastecido durante a noite, que é quando os moradores aproveitam para encher a caixa d’água para usar durante o dia.

André Luis Fischer mora no local há três anos. Ele diz que quando começou a construir a sua casa estava ciente dos problemas de abastecimento durante o dia. “A maioria dos moradores trabalha durante o dia, então já estamos acostumados. O problema é que agora está faltando água à noite, quando deveria encher a caixa d’água”.

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O morador diz que já reclamou por diversas vezes da situação na prefeitura e também na Atlantis, que é a empresa responsável pelo abastecimento do município. Entretanto, o problema ainda não foi resolvido. “Na prefeitura eles alegam que o problema está na rede, mas se foi feita a rua, o projeto passou pela prefeitura, e se aprovaram com defeito não é problema nosso”, diz.

Kátia Patrícia Poia Wanka também é moradora da rua. Em sua casa o problema é o mais grave. “Quando era a Casan, faltava água no fim de ano, por exemplo, por três, quatro dias seguidos, eles mandavam caminhão pipa para abastecer a caixa”, conta.

Kátia coleta água da chuva em uma cisterna para poder lavar roupa | Foto: Divulgação

Ela diz que depois que a Atlantis assumiu o abastecimento do município, começou a faltar água à noite com mais frequência. “Em dezembro ficamos nove dias sem água. Eu ligava todos os dias para eles. Eu não quero que venha água de dia, só quero água para encher a caixa”, diz.

Kátia afirma que neste mês de janeiro começou a anotar os dias que faltou água. Pelos cálculos dela, foram quase 14 dias consecutivos sem uma gota d’água. Quando não tem água, Kátia e a família precisam vir a Brusque para tomar banho e lavar a roupa. “Vamos para a casa da minha mãe. Não temos água nem para puxar a descarga no banheiro”.

Nas últimas semanas, ela tem coletado água da chuva em uma cisterna para poder utilizar no banheiro e nos afazeres domésticos. “A sorte é que está chovendo direto, aí estou conseguindo lavar a roupa em casa com a água da chuva. Não sabemos mais a quem recorrer”, diz.

O que diz a Atlantis
A gerente de contrato da Atlantis, Roberta Orlandi, diz que a empresa está ciente do problema dos moradores da rua Arthur Schaefer que, de acordo com ela, foi “herdado do passado”. “A prefeitura ou a Casan erraram em liberar ali. É um morro muito íngreme, acho que o ponto mais alto, e precisaria de um buster para dar pressão”, explica.

Roberta informa que assim que foi comunicada do problema, a Atlantis instalou um datalogger, equipamento que monitora a pressão da água, no local. “Deixamos o equipamento por uma semana lá e pelo relatório deu que está indo água das 2h às 10h”.

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De acordo com ela, o investimento para resolver o problema da rua é muito alto e, por isso, deve ficar para a nova concessionária.

Roberta diz ainda que a situação do abastecimento de água em Guabiruba é tranquila e que o único problema é, justamente, o da rua Arthur Schaefer.

“Instalamos quatro busters que equilibraram o sistema de Guabiruba. Hoje o nosso cenário está estável, temos problemas apenas quando acontece algum rompimento de rede ou como aconteceu durante a chuva da semana passada”.

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