Moradores do bairro Dom Joaquim protestam contra falta de água

Nas últimas semanas, região chegou a ficar três dias consecutivos sem abastecimento

Moradores do bairro Dom Joaquim protestam contra falta de água

Nas últimas semanas, região chegou a ficar três dias consecutivos sem abastecimento

Moradores do bairro Dom Joaquim se reuniram na manhã deste sábado, 21, para protestar contra a rotineira falta de água na região. 

Os moradores decidiram se manifestar após enfrentar mais uma semana turbulenta, quando as torneiras chegaram a ficar três dias consecutivos sem água, em razão da estiagem.

Entretanto, o problema dos moradores daquela região não se resume apenas à falta de abastecimento, já que muitas vezes, quando tem água nas torneiras, ela vem suja e fica impossível de ser utilizada.

A auxiliar de escritório Marlise Werner é moradora do bairro há 32 anos e precisa conviver quase que diariamente com a água suja saindo das torneiras. “Lá em casa não falta água, mas seria melhor até que faltasse porque do jeito que a água vem, não dá para usar e no fim do mês a conta vem igual e temos que pagar”, reclama.

Ela levou para a manifestação duas garrafas que encheu com água da torneira de sua casa. O líquido bastante escuro mais parece chá ou até mesmo café, e não água.

“Não tem condições de usar essa água. As roupas você coloca pra lavar na máquina e de repente começa a vir a água suja, que ao invés de limpar, encarde ainda mais a roupa. Pra conseguir tirar a sujeira que fica tem que lavar cinco vezes. Aí no fim do mês a conta vem alta”, conta.

Na casa de Marlise moram cinco adultos e uma criança. E o transtorno com a água suja ficou mais comum nos últimos anos. “Antes era só às vezes, quando faziam alguma manutenção na rede, mas agora é direto. Não pode continuar desta forma”.

Quem também participou da manifestação foi a dona de casa Cida da Silva. Ela é moradora do bairro há mais de 20 anos e sofre ora com a falta ora com a sujeira da água.

“Ficamos três dias seguidos sem nada na torneira. É um transtorno muito grande. Aí quando vem, está suja. Não dá pra fazer comida, não dá pra lavar roupa, não dá pra tomar banho porque a água suja mais do que limpa”.

Quando falta água, ela e a família precisam recorrer a amigos ou vizinhos que têm poço artesiano para poder tomar banho, por exemplo. Já a água para cozinhar é comprada. “Ficamos dias sem poder lavar roupa. Só queremos uma solução”, afirma.

Os moradores fizeram cartazes cobrando uma solução rápida por parte do Samae e penduraram em um muro, em frente à igreja do bairro.

O presidente da Associação de Moradores do Dom Joaquim (Amadoj), Valdir Hinselmann, lembra que o problema de abastecimento na região é antigo e se agrava cada vez mais porque o bairro está crescendo de forma descontrolada. “Se autorizou diversos loteamentos e construções, sem fazer uma avaliação real de quanto o Samae consegue fornecer e agora estamos sentindo na pele. Não podemos mais aceitar essa situação”, diz.

Os moradores também cobram agilidade na construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Cristalina que, de acordo com o Samae, resolverá em definitivo os problemas de abastecimento na região.

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